“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

PSICOGRAFIA!

Sublime Noite


Nesta noite assaz brilhante,
Sentimos nesta maravilhosa fonte
Uma paz, que não pude imaginar

Na melodia encantadora
De uma terra acolhedora
Que Deus há de conservar...

Quanta beleza e simplicidade,
Desta gente sem maldade
Que nos faz até sonhar

Que estamos noutro mundo
De valores tão profundos
Que não pensei existir

Deus preserve este recanto,
De tão belos encantos
E riquezas p’ro porvir

Outras vezes esperamos
Aqui estarmos de novo,
Sentindo-nos como em casa,
No calor humano deste povo.


Mensagem recebida por intuição em 12/06/04, logo após o seminário realizado no Grupo Espírita Joanna de Angelis em Laje do Muriaé –RJ.

Autor: um Espírito amigo

Recebida por: Francisco Rebouças.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Juventude Espírita que conheço!

Volto a falar da polêmica reportagem da Revista isto é, sobre as tais respostas atribuídas à juventude espírita, que desde o dia em que fiquei sabendo de sua publicação, justamente através de um dos jovens espíritas de nossa mocidade, que espantado e incrédulo não aceitava aquela pesquisa como verdadeira, também me associei a seu modo de ver, não como alguém que quisesse dar testemunho de solidariedade pura e simplesmente, pois, não sou nem serei jamais desse tipo, mas sim, por que convivo com jovens em nossa cidade e em nosso estado, em inúmeros encontros que tenho a felicidade de ser convidado e que testemunho suas idéias, seus objetivos, seus esforços de melhoria.

Ainda agora, quando se fará realizar a COMEERJ – Confraternização de Mocidades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro, atividade do Movimento Espírita que congrega jovens espíritas desde 1980, e que tem sido realizada anualmente, durante o carnaval, com a participação de representantes das instituições espíritas de todo o Estado, onde se aproveita a oportunidade para levar aos jovens que dela participam incentivos novos e profundos para a conscientização de seu papel na sociedade contemporânea e na construção da sociedade do porvir, pode ser constatado, a grande quantidade de jovens que participam todos os anos com elevado senso de moral, muita alegria e estudo sério da doutrina espírita, que não aceitam ficar de fora desse evento anual.

É uma pena, que em outras localidades, isso não se dê, pois, tenho a certeza absoluta de que se esses tipos de encontros fossem freqüentes, nessas praças, não só anualmente como é o caso da COMEERJ, mas se desse com mais freqüência em outras datas, como acontece com nossa mocidade que volta e meia se reuni em uma instituição do nosso estado, para discutir um tema atual na visão do jovem, e fazerem visitas a outras mocidades como é freqüente em nossa cidade de Niterói, por exemplo, essa entrevista equivocada e falsa, não seria facilmente engolida por confrades espíritas, que a aceitaram e até encontraram motivos para acharem muito real.

Não estamos querendo falar por outras mocidades que não conhecemos, nem fazer nossos jovens passarem por “santos” ou por criaturas perfeitas, pois, não somos tolos a esse ponto, mas sim testemunhar que os jovens de nossa cidade recebem a informação espírita diretamente da codificação e é muito capaz de raciocinar e seguir sua filosofia, de forma muito natural, e assim sendo, jamais estariam favoráveis a causas como aborto, pena de morte, suicídio etc., como faz crer a tal reportagem, que eles repudiam.

E, concordo plenamente, com a experiência que tenho de encontros com várias mocidades realmente espíritas, que isso não se dá como está na reportagem, e se aquelas respostas foram verdadeiramente concedidas, à citada revista, posso afirmar com toda pureza de consciência possível, que não foram respostas de jovens espíritas, e sim, de jovens “espiritados”.

Torna-se imperioso e inadiável que os dignos responsáveis pelas nossas casas espíritas, espalhadas por esse nosso imenso e querido Brasil, concentrem todo o esforço possível na melhoria do estudo dirigido às mocidades em nossas instituições espíritas, preparando pessoas de forma adequada para que possam assumir a coordenação e a missão sublime de instruir os nossos jovens, ministrando cursos, reciclando conhecimentos e incentivando o estudo sério e aprofundado de nossa doutrina, para que por sua vez, possam mais tarde, oferecer aos jovens sob suas responsabilidades as nobres e elevadas mensagens dos espíritos Superiores, norteando-lhes a vida pela ética e moral contidas na mensagem consoladora da doutrina dos espíritos.

A Codificação do espiritismo precisa ser estudada pelos jovens de forma bem simples, objetiva, respeitosa, dinâmica, constante e atual, na linguagem comum dos jovens, para que eles possam entender o benefício de seguir os conceitos ali contidos no contexto em que foram inseridos pela Soberana Sabedoria do Universo, para o progresso e perfeição do espírito imortal que são.

Sabemos que o Ser humano é essencialmente resultado da educação, pois, carregando desde eras remotas através das sucessivas reencarnações, os fatores genéticos que o compõem como conseqüência das experiências anteriores, quase sempre negativas, não prescinde do benefício que só a boa educação pode facultá-lo, modelando-o para um perfeito equilíbrio com vistas a desenvolver em si, os elevados valores das virtudes que dormitam em seu Ser desde sua criação.

A Casa espírita por essa razão, é responsável pela perfeita divulgação da doutrina espírita da forma mais fiel possível aos postulados espíritas, e será de grande valia no processo de transformação do modo de vida de nossos jovens, que bem orientado se transformarão em homens e mulheres de bem, ajudando com sua maneira de viver a orientar outros jovens que com eles se relacionarem na construção de uma sociedade mais digna, honesta e cristã.

Para que isso ocorra, é necessário verificar nas diversas comunidades espíritas em que atuamos, se essa tarefa está sendo bem executada pelas casas espíritas de nossas cidades ou localidades, e se assim não estiver acontecendo, urge buscar as entidades responsáveis pela divulgação da doutrina espírita, para que seja imediatamente reparado esse defeito, e se conceda aos jovens oportunidades de esclarecimento nas diretrizes seguras que a doutrina espírita oportuniza a todos que a encontram.

Francisco Rebouças.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Médium Sempre

Desde cedo, o querido médium Chico Xavier, já se via envolvido pelas incompreendidas situações que lhes aconteciam naturalmente, em virtude de sua extraordinária capacidade mediúnica, como bem podemos comprovar em sua biografia facilmente encontrada nos sites espíritas na internet. Graças a esse tesouro certamente desenvolvido pelo citado médium, em vidas passadas, e que hoje temos o privilégio de poder estudar para nos esclarecer, nas incontáveis páginas, constantes das suas incomparáveis obras de reconhecido conteúdo doutrinário.

Em seus escritos, podemos todos haurir importantes e impressionantes ensinamentos, trazidos a lume pelos Imortais da Vida Maior, em obras que muito nos tem ajudado na compreensão da justiça Divina para com cada uma das criaturas que estagiam em nosso orbe, e, que sem os quais, muito difícil seria crer na Justiça de Deus, diante de tantos tormentos e sofrimentos que infelicitam a vida da grande maioria da população da Terra.

Chico voltou para a verdadeira pátria do Espírito Imortal, que é a vida espiritual, mas, jamais será esquecido por todos nós espíritas, que muito nos beneficiamos de seu dedicado trabalho literário na interpretação fiel dos ensinos dos espíritos amigos.

Segue abaixo, uma pequena demonstração do que estamos tentando dizer, sobre a intimidade de Chico com os irmãos da vida que nos aguarda:

A PRIMEIRA SESSÃO

“De princípios de 1920 a 1927, Chico não mais conseguiu avistar-se pessoalmente com o Espírito de Dona Maria João de Deus.
Integrado na comunidade católica, obedecia às obrigações que lhe eram indicadas pela Igreja.
Confessava-se, comungava, comparecia pontualmente à missa e acompanhava as procissões.
Terminara o curso primário no Grupo Escolar “São José”, de Pedro Leopoldo em 1923, levantando-se às seis da manhã para começar às sete as tarefas escolares e entrando para o serviço da fábrica às três da tarde para sair às onze da noite.
O trabalho, porém, era exaustivo e, em 1925 deixou a fábrica, empregando-se na venda do Sr. José Felizardo Sobrinho, onde o trabalho ia das seis e meia da manhã às oito da noite, com o salário de treze cruzeiros por mês.
Entretanto, continuavam as perturbações noturnas.
Depois de dormir, caía em transes surpreendentes.
Perambulava pela casa, falava em voz alta, dava notícias de pessoas que sofriam no Além, mantinha longas conversações, cujo fio era impenetrável aos familiares aflitos.
Em 1927, porém, eis que a sua irmã D. Maria da Conceição Xavier, hoje mãe de família, cai doente.
Era um doloroso processo de obsessão.
Tratada carinhosamente pelo confrade Sr. José Hermínio Perácio, que atualmente reside em Belo Horizonte, a jovem curou-se.
Foi assim que se realizou a primeira sessão espírita no lar da família Xavier, em Pedro Leopoldo.
Perácio, na direção, pronunciava vibrante prece.
Na mesa, dois livros.
Eram eles o “Evangelho Segundo o Espiritismo” e o “Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec.
O Espírito de Dona Maria João de Deus comparece e grafa longa mensagem aos filhos presentes, através da médium D. Carmem Pena Perácio, devotada esposa do companheiro a que nos referimos.
Reporta-se a cada filho, de maneira particular.
E, dirigindo-se ao Chico, comove-o, escrevendo:
Chico, meu filho, eis que nos achamos mais juntos, novamente. Os livros à nossa frente são dois tesouros de luz. Estude-os, cumpra os seus deveres e, em breve, a Bondade Divina nos permitirá mostrar a você os seus novos caminhos.
E assim realmente aconteceu
”. ¹

Daí em diante, a missão desse discípulo do Cristo, se desenvolveu de forma tão nobre, espargindo luz e benefícios por todo o planeta consolando e esclarecendo os corações aflitos, que cruzaram seu caminho, fazendo crescer na convicção de todos, as palavras de Jesus quando nos afirmou: “Conheceis a verdade e a verdade vos libertará” João, Cap.8 , v 32.

Sendo também nós, um dos muitos beneficiados pelo conteúdo moral constantes de suas obras, nos resta elevar o pensamento a Deus e rogar diariamente suas bênçãos para esse ícone do cristianismo que foi Chico Xavier.

Fonte:

1) LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER
RAMIRO GAMA
Grifos nossos.


Espiri-tista

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Psicografia!

Palavras de Josepha!
Não desperdices tuas oportunidades de ser Útil!
Quando a vida te felicitar a oportunidade de servir a teu irmão, não desperdices por nada essa bênção. Tua ajuda ao necessitado de agora, te renderá frutos saborosos no futuro, porque é da Lei Maior, que nenhuma expressão de caridade em favor de qualquer necessitado, seja ele quem for, deixe de fazer parte dos registros individuais de quem os pratica em nome da sincera e indispensável fraternidade.

Deus nos proporciona todos os dias, as mais diversificadas oportunidades de realização no campo das boas ações, para que possamos elaborar com segurança a construção da nossa ascensão em benefício da nossa própria felicidade na vida do porvir, e, cabe a cada criatura usando de seu próprio livre arbítrio, isto é, da decisão de realizar ou não o que a situação lhe exige, e decidir por aproveitar a chance de estender suas mãos a quem dele se fizer carente, beneficiando-o e por conseqüência beneficiando-se também.

Foi Jesus que nos afirmou que: “a cada um segundo as suas obras”, deixando-nos o recado de que o resultado da plantação será sempre a colheita boa ou má, dependendo de cada um a escolha do que plantar, caridade ou indiferença, empenho ou desprezo, trabalho ou inércia.

A Doutrina espírita nos ensina que “Fora da Caridade não há salvação”. Dessa forma, para quem deseja a salvação, ou seja a vitória sobre suas mazelas inferiores, no progresso individual a caminho da perfeição e da pureza do Espírito Imortal que todos somos, não resta melhor alternativa, senão seguir os exemplos deixados por aquele que é para todos nós, o Caminho a Verdade e a Vida.

Precisamos ter sempre em mente, essa certeza cristalina.

Espírito: Josepha
Por: Francisco Rebouças.
Espiri-tista

Crise Econômica Mundial


Wellington Balbo – Bauru – SP.

A crise econômica mundial vem trazendo pânico a muita gente. Empresários preocupados colocam o pé no freio e deixam de contratar. Indústria e comércio deixam de crescer. O que mais se houve é: tal empresa demitiu tantos, tal empresa concedeu férias coletivas e por ai vai...

Imperioso admitir: se há coisas que escapam ao nosso alcance, há também situações que podemos modificar. Enfim, se maximizamos a crise, ela será enorme, sem precedentes, causando recessão. No entanto, podemos minimizá-la, enxergando-a não como bicho de sete cabeças, mas sim como oportunidade de progresso. Um desafio a ser vencido. Em realidade, o bicho de sete cabeças que muitos anunciam é, não raro, um pobre bichinho de uma cabeça só, e que estampa em si a palavra: criatividade. Sim, com criatividade e menos alarde, menos fofoca e especulação venceremos facilmente a crise econômica mundial, porquanto ela não é tão feia quanto parece.

A verdade é que o ser humano, muitas vezes para tirar vantagem tende a maximizar as coisas. Infelizmente. Há tanto alarde em relação a essa crise que algumas empresas começam as demissões antes do tempo, demitem não por que a crise as pegou, mas sim por que vão no embalo de outras empresas. Pior: muitas vezes demitem para aproveitar a carona da tal crise e aumentar seus dividendos. Menos funcionários, maiores lucros, lamentavelmente essa é a visão de alguns líderes empresariais. E estes “líderes” passam a seguinte mensagem aos liderados: “Olha, a coisa está feia, ou você se desdobra ou vai para o olho da rua”. E o funcionário, ainda refém da carteira assinada, por que fomos domesticados pela cultura da CARTEIRA ASSINADA, teme entrar para o time dos desempregados.

Trabalho em indústria de embalagens plásticas e, como é da ciência de todos, o plástico é termômetro econômico. Bem, não estamos vendo crise, ao contrário, continuamos de vento em popa, ou melhor, vendendo ainda mais do que no ano passado. Em plena crise, estamos crescendo. Por quê? Alguma mágica? Nada disso. É que procuramos utilizar a criatividade, desenvolver novos produtos, primar pela qualidade e, sobretudo, honestidade. Nada de demissões. Ora, estamos crescendo, vamos mais é contratar. Portanto, um dos ingredientes para vencer a crise é também a honestidade. Ultimamente, em virtude da redução dos preços da matéria prima, recebo ligações dos clientes que dizem: “ Sabemos da redução dos preços na matéria prima, você não vai repassá-los? Respondo de uma só vez: “Não”. Eles tornam a perguntar: “Por quê?”. Eu torno a responder: “ Porque quando houve aumento nos preços da matéria prima nós não repassamos a você, logo, a redução que houve não é suficiente para que eu possa repassá-la”. Relação honesta com o cliente. Outro fato costumeiro é o pedido de descontos, o cliente pergunta: “Este preço é final, não há descontos?” Respondo: “Não, para essa quantidade o preço é este mesmo, não trabalhamos com descontos”. Por quê? Porque a tão propalada negociação é jogo de mentiras. O vendedor joga o preço lá em cima por que sabe que o cliente costuma pechinchar e, de pechincha em pechincha o preço chega finalmente a seu valor justo. Portanto, as negociações nada mais são do que jogo de mentiras, em que se luta para obter vantagem. O mesmo ocorre com a crise, muito do que vemos veiculado na mídia, espalhando o medo, desesperança e também inibindo o empreendedor, trata-se apenas de jogo de mentiras, bravatas visando o enriquecimento de alguns à custa de outros. Uma das receitas para vencer o desafio da crise é, portanto, ser criativo e honesto.

Wellington BalboPlasvipel Embalagens - 14 3203 2044



Espiri-tista

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

DESPERTAMENTO

Francisco Rebouças
Importante lição nos mostra a passagem registrada pelo evangelista, num dos trechos da parábola do filho pródigo, que nos faz despertar para a observância de valiosas considerações em torno da vida. Diz a parábola: "Caindo, porém, em si..." ¹

Somente depois que o indivíduo reconhece que necessita de transformação, é que poderá perceber o quanto precisa empreender de esforços na consecução da almejada reviravolta; na parábola citada, somente quando o jovem caiu em si, isto é, se deu conta do acontecido, é que foi capaz de observar que tudo tinha quando em companhia de seu pai, e que não soubera dar o respectivo valor, e o abandonara em busca de suas próprias convicções. Dessa forma, percebeu o grande engano cometido ao ter desperdiçado toda a parte que lhe coubera na partilha que ele próprio exigira, retornando infeliz e arrependido para receber a generosa compaixão de seu genitor.

Assim também, são variados os personagens que a Boa Nova nos apresenta que depois de se reconhecerem em erro, pela própria conscientização da situação por que passavam, decidiram-se por trabalhar para a devida retificação de suas anteriores posições, a tempo de realizarem salvadoras retificações, em transformações que nos servem até os dias conturbados de hoje como exemplos a serem imitados por todos nós que almejamos crescer em moralidade e decência.

Temos entre tantos os exemplos deixados por Maria de Magdala que por invigilância pusera sua vida íntima nas mãos de gênios perversos das trevas; todavia, caindo em si, sob a influência do chamado do Cristo, observa o tempo perdido e parte resoluta para a conquista da mais elevada dignidade espiritual, por intermédio da humildade e da renunciação, conquistando assim a sua maior vitória, que foi sobre si mesma.

Pedro, intimidado ante as ameaças de perseguição e sofrimento, nega o Mestre Divino por três vezes antes do canto marcante do galo conforme lhe houvera advertido o Mestre de Nazaré; no entanto, caindo em si, ao se lhe deparar com o olhar compassivo de Jesus, chora amargamente e avança, resoluto, para a sua reabilitação, apascentando as ovelhas, do seu Mestre, no apostolado dedicado até a senectude de suas forças físicas.

Paulo de Tarso, primeiramente dedica-se de corpo e alma ao cultivo e observação da Lei de que se tornara tenaz defensor, e entregou-se a desvairada paixão contra o Cristianismo perseguindo furioso, todas as manifestações do Evangelho nascente; no entanto, caindo em si, perante o chamado sublime do Senhor, no feliz acontecido da estrada de Damasco, penitencia-se dos seus erros e converte-se num dos mais brilhantes colaboradores do triunfo cristão na Terra.

Nas correntes religiosas dos dias da atualidade, também há grande massa de crentes de todos os matizes, nas mais diversas linhas da fé, todavia; reinam entre eles a perturbação e a dúvida, porque vivem mergulhados nas interpretações puramente verbalistas da revelação celeste, em gozos fantasistas, entre mentiras e ilusões, apegados ás vantagens da vida material, desperdiçando oportunidades sublimes de elevação em moralidade, imantados pelas vantagens enganadoras da paz do mundo.

Vivem iludidos pelas alegrias proporcionadas pelos interesses imediatistas, que geram uma enganosa e passageira sensação de paz e bem estar do corpo de carne, propiciadas pelos anestésicos tóxicos da comida e da bebida sem controle.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo, temos as devidas explicações sobre o verdadeiro sentido que devemos ter da vida, que dever ser vivida com a certeza de que se estende muito além da vida material que ora vivenciamos, conforme segue:

O ponto de vista

A idéia clara e precisa que se faça da vida futura proporciona inabalável fé no porvir, fé que acarreta enormes conseqüências sobre a moralização dos homens, porque muda completamente o ponto de vista sob o qual encaram eles a vida terrena. Para quem se coloca, pelo pensamento, na vida espiritual, que é indefinida, a vida corpórea se torna simples passagem, breve estada num pai ingrato. As vicissitudes e tribulações dessa vida não passam de incidentes que ele suporta com paciência, por sabê-las de curta duração, devendo seguir-se-lhes um estado mais ditoso. A morte nada mais restará de aterrador; deixa de ser a porta que se abre para o nada e torna-se a que dá para a libertação, pela qual entra o exilado numa mansão de bem-aventurança e de paz. Sabendo temporária e não definitiva a sua estada no lugar onde se encontra, menos atenção presta às preocupações da vida, resultando-lhe daí uma calma de espírito que tira àquela muito do seu amargor.”

Assim sendo, nós, alistados nas fileiras do espiritismo, já devidamente alertados pela fé raciocinada da doutrina que esposamos, com a noção que possuímos da vida futura que nos aguarda, precisamos despertar imediatamente, sob a luz das mensagens e dos exemplos de Jesus e, abraçarmos as tarefas de renovação propostas pelo sublime emissário de Deus para os homens, transferindo-nos do campo da inércia e da desatenção para com as coisas do espírito imortal que somos, e procuremos trabalhar intensamente pela nossa redenção, e dos que conosco jornadeiam na sociedade em que nos movimentamos, e procuremos meditar profundamente no quanto já podemos realizar em prol do desenvolvimento e crescimento do bem, e, certamente observaremos surpreendidos, como a vida se tornará diferente para melhor em volta dos nossos passos.

Fontes:

1) Epístola de Lucas, Cap. 15 – VV. 17
2) E.S.E. - Cap. II, item 5

Francisco Rebouças.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Simples imposição das mãos, porquê?

Assunto: PASSE

Procedimento dos médiuns na mediunidade de CURA.
Movimentar ou não as mãos no exercício do passe.
Fontes de consulta:
A Codificação do Espiritismo, incluindo a Revista Espírita, e obras complementares de reconhecido conteúdo doutrinário.
Pesquisa elaborada por:

Francisco Rebouças

Janeiro/2008

Simples imposição das mãos, porquê?



Primeira Parte:
Introdução: Motivado, pelas constantes perguntas que nos são dirigidas, sobre a postura dos médiuns passistas no trabalho do passe nas nossas casas espíritas, e, diante da dúvida que muita gente confessa ter, de como se comportar em relação ao paciente postado à sua frente, visto que, não são os mesmos os procedimentos levados a efeito em todas as nossas instituições, devido às diferentes interpretações existentes no movimento espírita, estamos trazendo nossa pequena mais honesta contribuição, haurida nos postulados da codificação e nas obras auxiliares que muito nos ajudarão na compreensão e execução de nossas tarefas de caridade na mediunidade de Cura.

Não pretendemos ter a audácia de nos apresentar como os donos da verdade, nem o disparate de pensar que estamos dizendo a última palavra sobre o tema aqui exposto, simplesmente não somos de fugir dos desafios, que encaramos com o objetivo único de contribuir de forma positiva para uma melhor compreensão das atividades da mediunidade, pela simples satisfação de ver as tarefas espíritas cada vez mais esclarecidas, para um perfeito entendimento de todos nós, visando produzir os melhores resultados, na tarefa de ajuda ao nosso próximo.

Começamos por afirmar, que essa preocupação pela melhor e mais correta forma de procedimento do médium em favor do doente, é bastante antiga, pois, no tempo de Allan Kardec, ela já causava dúvidas aos passistas na prática de transmissão dos fluidos para o enfermo necessitado, conforme pergunta enviada ao codificador, constante da Revista Espírita que transcrevemos abaixo. Da sua resposta, selecionamos alguns trechos para nossa compreensão e esclarecimento, sobre o assunto aqui enfocado.

Mediunidade Curadora : Volume VIII da Revista Espírita de setembro de 1865. pág. 257 a 262.

DA MEDIUNIDADE CURADORA.
Escrevem-nos de Lyon, 12 de julho de 1865: "Caro Senhor Kardec. "Venho, na qualidade de Espírita, recorrer à vossa cortesia, e vos rogar consentir em dar-me alguns conselhos relativamente à prática da mediunidade curadora pela imposição das mãos. Um simples artigo a este respeito na Revista Espírita, contendo alguns desenvolvimentos, seria acolhido, disto estou seguro, com um grande interesse, não só por aqueles que, como eu, se ocupam desta questão com ardor, mas ainda por muitos outros a quem essa leitura poderia inspirar o desejo de dela se ocupar também. Lembro-me sempre dessas palavras de uma sonâmbula que eu havia formado. Eu a enviei, durante seu sono magnético, para visitar uma doente à distância, e a meu pedido como se poderia curá-la, ela disse: "Há alguém em sua aldeia que o poderia, é um tal; é "médium curador, mas sobre isto nada sabe."
"Não sei até que ponto essa faculdade é especial, cabe-vos mais do que a qualquer outro apreciá-la, mas se ela o é realmente, como seria de desejar, que atraísseis sobre este ponto a atenção dos Espíritas. Mesmo todos aqueles que, fora de nossas opiniões, vos lessem, não poderiam ter nenhuma repugnância em tentar uma faculdade que não pede senão a fé em Deus e a prece. Que de mais geral, de mais universal? Não é mais questão de Espiritismo, e cada um, nesse terreno, pode conservar suas convicções.
Quantas irmãs de caridade, quantos bons curas do campo, quantos milhares de pessoas piedosas, ardentes pela caridade, poderiam ser médiuns curadores? É o que sonho em todas as religiões, em todas as seitas. Aceita por toda a parte, essa faculdade, esse presente divino da bondade do Criador, em lugar de ficar como apanágio de alguns, cairia, se assim posso me expressar, no domínio público. Este seria um belo dia para aqueles que sofrem, e há tantos deles!
"Mas, para exercer essa faculdade, independentemente de uma fé viva e da prece, podem existir condições a reunir, procedimento a seguir para agir o mais eficazmente possível. Qual é a parte do médium na imposição das mãos? Qual é a dos Espíritos? É preciso empregar a vontade, como nas operações magnéticas, ou se limitar a pedir, deixando agir à sua vontade a influência oculta? Essa faculdade é realmente especial ou acessível a todos? O organismo nela desempenha um papel, e que papel? Essa faculdade pode ser desenvolvida, e em que sentido?
"Eis aqui onde vossa longa experiência, vossos estudos sobre as influências fluídicas, o ensino dos Espíritos elevados que vos assistem, e, enfim, os documentos que recolheis de todos os cantos do globo, podem vos permitir nos esclarecer e nos instruir; ninguém, como vós, está colocado nessa situação única. Todos aqueles que se ocupam da questão desejam vossos conselhos tanto quanto eu, disto estou seguro, e creio me fazer o intérprete de todos. Que mina fecunda é a mediunidade curadora! Aliviar-se-á ou se curará o corpo, e pelo alívio ou pela cura encontrar-se-á o caminho do coração, lá onde freqüentemente a lógica havia fracassado. Quantos recursos possui o Espiritismo!
Quanto é rico dos meios dos quais é chamado a se servir! Não deixando nenhum deles improdutivo; quanto tudo concorre a elevá-lo e a difundi-lo. Nisto nada poupais, caro senhor Kardec, e depois de Deus e dos bons Espíritos, o Espiritismo vos deve o que é. Já tendes uma recompensa disto neste mundo pela simpatia e afeição de milhões de corações que oram por vós, sem contar a verdadeira recompensa que vos espera num mundo melhor. 'Tenho a honra, etc. "A. D.”

Vejam abaixo, a resposta de Allan Kardec, sobre o tema não definindo absolutamente este ou aquele método ‘como fazem alguns confrades’ mas, explicando a pergunta feita sobre a simples imposição das mãos. Sabedor que o espiritismo teria no futuro outras muitas respostas do mundo espiritual “vide: André Luiz, Manoel Philomeno de Miranda, Leon Denis, Vianna de Carvalho, entre vários outros”, usou do seu conhecido bom senso, na elucidação da questão proposta acima.
Kardec:
“O que nos pede nosso honorável correspondente não é nada menos do que um tratado sobre a matéria. A questão foi esboçada em O Livro dos Médiuns e em muitos artigos da Revista, a propósito de fatos de curas e de obsessões; ela está resumida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a propósito das preces para os doentes e os médiuns curadores. Se um tratado regular e completo não pode ainda ser feito, isto se prende a duas causas: a primeira que, apesar de toda a atividade que desdobramos em nossos trabalhos, nos é impossível fazer tudo ao mesmo tempo; a segunda, que é mais grave, está na insuficiência das noções que se possuem ainda a esse respeito. O conhecimento da mediunidade curadora é uma das conquistas que devemos ao Espiritismo; mas o Espiritismo, que começa, não pode ainda haver dito tudo; não pode, de um só golpe, nos mostrar todos os fatos que ele abarca; cada dia deles desenvolve novos, de onde decorre novos princípios que vêm corroborar ou completar aqueles que já se conheciam, mas é preciso o tempo material para tudo; qualquer parte integrante do Espiritismo é, por si mesma, toda uma ciência, porque se liga ao magnetismo, e abarca não só as doenças propriamente ditas, mas todas as variedades, tão numerosas e tão complicadas de obsessões que, elas mesmas, influem sobre o organismo. Não é, pois, em algumas palavras que se pode desenvolver um assunto tão vasto. Nele trabalhamos, como em todas as outras partes do Espiritismo, mas como não queremos nele nada pôr de nossa autoridade e que seja hipotético, não procedemos senão pelo caminho da experiência e da observação. Os limites deste artigo não nos permitindo dar-lhe os desenvolvimentos que comporta, resumimos alguns dos princípios fundamentais que a experiência consagrou (...).”

Em seu longo e detalhado enfoque sobre o assunto, Kardec nos dá inúmeras razões para crer que o médium deve se preparar não só para ser uma simples máquina transmissora de fluidos, ‘como se fosse um mero robô’, mas, um agente de cura conforme contido na matéria que segue:
“(...) A mediunidade curadora se exerce pela ação direta do médium sobre o doente, com a ajuda de uma espécie de magnetização de fato ou de pensamento.

(...) Seria, pois, um erro considerar o magnetizador como uma simples máquina na transmissão fluídica.
Nisto como em todas as coisas, o produto está em razão do instrumento e do agente produtor. Por estes motivos, haveria imprudência em se submeter à ação magnética do primeiro desconhecido; abstração feita dos conhecimentos práticos indispensáveis, o fluido do magnetizador é como o leite de uma nutriz: salutar ou insalubre.

A propósito, sobre o assunto, vejamos o que nos fala André Luiz, no livro: Mecanismos da Mediunidade, através da psicofrafia de Chico Xavier, FEB 12ª edição página 160.
MÉDIUM PASSISTA “(...) Referimo-nos, sim, aos intérpretes da Espiri­tualidade Superior, consagrados à assistência provi­dencial aos enfermos, para encorajar-lhes a ação.
Decerto, o estudo da constituição humana lhes é naturalmente aconselhável, tanto quanto ao aluno de enfermagem, embora não seja médico, se reco­menda a aquisição de conhecimentos do corpo em si. E do mesmo modo que esse aprendiz de rudi­mentos da Medicina precisa atentar para a assepsia do seu quadro de trabalho, o médium passista ne­cessitará vigilância no seu campo de ação, porqüanto de sua higiene espiritual resultará o reflexo benfazejo naqueles que se proponha socorrer. Eis porque se lhe pede a sustentação de hábitos nobres e atividades limpas, com a simplicidade e a humil­dade por alicerces no serviço de socorro aos doen­tes, de vez que semelhantes fatores funcionarão à maneira do tungstênio na lâmpada elétrica, susce­tível de irradiar a força da usina, produzindo a luz necessária à expulsão da sombra.
O investimento cultural ampliar-lhe-á os recur­sos psicológicos, facilitando-lhe a recepção das or­dens e avisos dos instrutores que lhe propiciem amparo, e o asseio mental lhe consolidará a influên­cia, purificando-a, além de dotar-lhe a presença com a indispensável autoridade moral, capaz de induzir o enfermo ao despertamento das próprias forças de reação”.

Assim sendo, perguntamos: Como deixar de atender às sugestões e inspirações dos Mensageiros do Além na hora do passe, pois, justamente para isso nos preparamos?

Voltemos à revista Espírita:
*7. O médium curador recebe o influxo fluídico do Espírito, ao passo que o magnetizador haure tudo em si mesmo. Mas os médiuns curadores, na estrita acepção da palavra, quer dizer, aqueles cuja personalidade se apaga completamente diante da ação espiritual, são extremamente raros, porque esta faculdade, elevada ao seu mais alto grau, requer um conjunto de qualidades morais que raramente se encontra sobre a Terra; somente eles podem obter, pela imposição das mãos, essas curas instantâneas que nos parecem prodigiosas; muito poucas pessoas podem pretender este favor. O orgulho e o egoísmo sendo as principais fontes das imperfeições humanas, disso resulta que aqueles que se gabam de possuir esse dom, que vão por toda a parte enaltecendo as curas maravilhosas que fizeram, ou que dizem ter feito, que procuram a glória, a reputação ou o proveito, estão nas piores condições para obtê-la, porque esta faculdade é o privilégio exclusivo da modéstia, da humildade, do devotamento e do desinteresse. Jesus dizia àqueles que tinha curado: Ide dar graças a Deus, e não o digais a ninguém.

8. A mediunidade curadora pura sendo, pois, uma exceção neste mundo, disso resulta que há quase sempre ação simultânea do fluido espiritual e do fluido humano; quer dizer, que os médiuns curadores são todos mais ou menos magnetizadores, é por isso que agem segundo os procedimentos magnéticos; a diferença está na predominância de um ou de outro fluido, e na maior ou na menor rapidez da cura. Todo magnetizador pode se tornar médium curador, se sabe se fazer assistir pelos bons Espíritos; neste caso os Espíritos lhe vêm em ajuda, derramando sobre ele seu próprio fluido que pode decuplicar ou centuplicar a ação do fluido puramente humano.

10. Mas se a vontade é ineficaz quanto ao concurso dos Espíritos, ela é onipotente para imprimir ao fluido, espiritual ou humano, uma boa direção, e uma energia maior. No homem débil e distraído, a corrente é débil, a emissão fraca; o fluido espiritual se detém nele, mas sem proveito para ele; no homem de uma vontade enérgica, a corrente produz o efeito de uma ducha. Não é preciso confundir a vontade enérgica com a teimosia, porque a teimosia é sempre uma conseqüência do orgulho e do egoísmo, ao passo que o mais humilde pode ter a vontade do devotamento.
A vontade é ainda onipotente para dar aos fluidos as qualidades especiais apropriadas à natureza do mal. Este ponto, que é capital, se prende a um princípio ainda pouco conhecido, mas que está em estudo, o das criações fluídicas, e das modificações que o pensamento pode fazer a matéria suportar. O pensamento, que provoca uma emissão fluídica, pode operar certas transformações moleculares e atômicas, como se vê isto se produzir sob a influência da eletricidade, da luz ou do calor”.
*No item 7 (sete) acima, nas suas claras e sábias explicações, o codificador nos alerta para os caracteres da elevação moral-espiritual imprescindíveis de que carece o médium, para se utilizar da simples imposição das mãos sobre o enfermo, afirmando-nos taxativamente: “muito poucas pessoas podem pretender este favor”.

E nós acrescentamos: Quem se achar dotado de tais virtudes que as utilize, penso que infeliz mente sem qualquer intenção de falsa modéstia, não me acho entre esses.

Segunda Parte
Nossas pesquisas na literatura Espírita sobre o tema
Sobre o papel exercido pelo médium no serviço de magnetização pelos passes, vejamos o contido no mesmo volume VIII, da Revista Espírita de l865, página 267, ainda no mês de setembro, que abaixo transcrevemos:
“Como procede um magnetizador comum? Suponhamos que queira agir sobre um braço, por exemplo: concentra sua ação sobre esse membro, e por um simples movimento de seus dedos, executado à distância e em todos os sentidos, agindo absolutamente como se o contato da mão fosse real, ele dirige uma corrente fluídica sobre o ponto desejado (...)”.
Seguimos nosso estudo, enfocando um exemplo de cura realizada pelos passistas, com a movimentação das mãos, em determinadas partes do corpo da enferma conforme segue:

Cura na Revista Espírita: Volume VII, Janeiro 1864 – Página 6

"Madame P... estava afetada, há vinte e oito anos, de uma hiperestesia aguda ou sensibilidade exagerada da pele, enfermidade que a retinha em seu quarto há quinze anos.
Ela mora numa pequena cidade vizinha, e, tendo ouvido falar de nosso grupo, veio procurar alívio junto a nós. Ao cabo de trinta e cinco dias, voltou completamente curada.
Durante esse tempo, recebeu cada dia um quarto de hora de emissão fluídica, com o concurso de nossos guias espirituais.
"Dávamos, ao mesmo tempo, nossos cuidados a um epiléptico, atingido por essa terrível enfermidade há vinte e sete anos. As crises se renovavam quase cada noite, e cada vez sua mãe passava longas horas à sua cabeceira. Trinta e cinco dias bastaram para essa cura importante, e que estava feliz, essa mãe, acompanhando seu filho radicalmente curado! Nós revezávamos, todos os três, de oito dias em oito dias, para a emissão fluídica, colocávamos a mão, ora sobre a cavidade do estômago do enfermo, ora sobre a nuca, no início do pescoço. Cada dia o enfermo podia constatar uma melhora; nós mesmos, depois da evocação e durante o recolhimento, sentíamos o fluido exterior nos invadir, passar em nós, e escapar-se de nossos dedos alongados e de nosso braço estendido para o corpo do sujeito que tratávamos.
"Dávamos nesse momento nossos cuidados a um segundo epiléptico; desta vez, a enfermidade seria talvez mais rebelde, uma vez que é hereditária. O pai deixou, aos seus quatro filhos, o germe dessa afecção; enfim, com a ajuda de Deus e dos bons Espíritos, esperamos reduzi-la em todos os quatro.
"Caro mestre, reclamamos o socorro de vossas preces e as de nossos irmãos de Paris. Esse socorro será para nós um encorajamento e um estímulo aos nossos esforços.”

Obs.: Na narrativa acima, a cura foi obtida pala colocação das mãos dos médiuns nos prováveis locais da enfermidade, e não pela simples imposição das mãos dos passistas sobre a cabeça da enferma.
Nas Obras auxiliares
1) “Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância luminosa que, descendo em fios tenuíssimos, alcançou o campo visceral.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alí­vio, na expressão fisionômica, retirando-se visível­mente satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.”

Livro:Domínios da Mediunidade, Cap. 17 serviços de Passes, Pag. 169. Chico Xavier/ André luiz.

2) “(...) O Coronel Sobreira, inspirado pelo Mentor, acercou-se do médium e acudiu Matias incorporado com o recurso da aplicação de passes magnéticos de longo curso com a função calmante....”

Livro: Grilhões Partidos – Livraria Espírita Alvorada - Editora, 11ª edição. Cap. 19, pag. 167. Divaldo Pereira Franco/ Manoel Philomeno de Miranda.
3) “Logo após, entre Cláudio e Salomão, orou, emocionado. Suplicou a bênção do Cristo para a menina atropelada, qual se expusesse, diante de Jesus invisível, uma filha profundamente cara, e, em seguida, ministrou-lhe passes de longo curso com o devotamento de quem lhe transferia as próprias forças.
Cooperamos com ele, sob o olhar penetrante de Moreira, que tudo anotava como que sequioso de aprender.
A operação, saturada de agentes reconstituin­tes do plano físico, infundiu grande bem à moça, melhorando-lhe a condição geral. Relaxou-se-lhe mais intensamente o esfíncter da micção, a respiração desoprimiu-se e conseguiu entrar em sono calmo.”

Livro: Sexo e Destino, Chico Xavier e Waldo Vierra/ André Luiz – FEB 18ª edição – II Parte, Cap.II, pag.192.
4)´“A vontade de aliviar, de curar - dissemos - comunica ao fluido magnético propriedades curativas. O remédio para os nossos males está em nós. Um homem bom e sadio pode atuar sobre os seres débeis e enfermiços, regenerá-los por meio de sopro, pela imposição das mãos e mesmo mediante objetos impregnados da sua energia. Opera-se mais freqüentemente por meio de gestos, denominados passes, rápidos ou lentos, longitudinais ou transversais, conforme o efeito, calmante ou excitante, que se quer produzir nos doentes. Esse tratamento deve ser seguido com regularidade, e as sessões renovadas todos os dias até à cura completa”.

Livro: Livro No Invisível, Léon Denis, Cap. XV.
5) Saí das reflexões, quando foi convidado pela Benfritora à aplicação do socorro fluídico, em que se transferiram energias mais esprcíficas a Argos.
O auxílio de Bernardo, valioso, criara a predisposição para que o doente assimilasse, dessa vez, outro tipo de fluidos procedentes do corpo físico sadio do sensitivo.
Foi proferida uma oração de alto significado emocional, de que todos participamos e, ato contínuo, o médium, seguramente conduzido pela Irmã Angélica, deu início à operação socorrista.
A princípio com movimentos rítimicos e em direção longitudinal, desembaraçou o enfermo das energias absorvidas e dos miasmas venenosos que lhe empestavam o organismo, como a desentoxicar as células, facilitando-lhes a renovação.
Foram mais cuidadosamente atendidos os centros coronário, cardíaco e gástrico, que exteriorizavam coloração escura e fluido pastoso, letal
. Em seguida passou a transferir-lhe as forças restauradoras, mediante a imposição das mãos nas referidas áreas que, lentamente foram absorvendo a energia salutar e mudando de cor, irradiando para todo o corpo as vibrações de reequilíbrio. Logo após, foi magnetizada a água, que lhe foi oferecida em pequena dose e se encerrou o labor da caridade fraternal.

Livro: Painés da Obsessão – Divaldo Pereira Franco/Manoel Philomeno de Miranda . Livraria Espírita Alvorada Editora – 8ª edição, Cap. 27, Pag.253.

6) “A simples “imposição das mãos” com o consequente apelo às Potências Sublimes, não quer significar condição preponderante.



Para o exercício equilibrado da mediunidade curadora, através do serviço do passe, são exigidos vários requisitos que não podem ser amesquinhados.

Inalterável confiança no Senhor e conduta compatível com a fé esposada.

Serenidade íntima e passividade completa à inspiração superior.

Sintonia com as Esferas Mais Altas e hábito da prece.


Capacidade de amor ao próximo e abnegação na extensão do serviço de auxílio.


Espírito de humildade e tirocínio de discernimento.


Saúde física e mental e meditação nos objetivos superiores da vida.
***
Após as malogradas tentativas feitas pelos discípulos, de expulsão do “espírito imundo” que se apossara de um jovem lunático, o Mestre sem delongas, repreendeu o desencarnado e libertou o enfermo.


E como os companheiros lhe indagassem o porquê do próprio fracasso, o Senhor, após falar-lhes da falta de fé, afirmou sereno: “esta casta de espíritos não se expulsa senão pela oração e pelo jejum”.


Tal oração, consideremos a comunhão constante com Deus, da qual decorre o jejum aos atos que degradam o espírito e envilecem o caráter.


Assim fazendo, não padecem dúvidas: os resultados na aplicação dos passes serão salutares e imediatos.


Livro: Dimensões da Verdade
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis


Dos Confrades da Doutrina:
7) DIVALDO PEREIRA FRANCOTrazemos, a seguir, questão formulado sobre o assunto pelo Jornal do CEPEAK, ao conhecido Tribuno espírita Divaldo Pereira Franco, em entrevista concedida ao citado órgão de divulgação do espiritismo em sua edição de março/abril de 2003, conforme segue:
J. Cepeak – No livro “Nos Domínios da Mediunidade” – Cap. 17, André Luiz nos diz que “Conrado impondo as mãos sobre a fronte da médium, inspirou-a a movimentar as mãos sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo”. Kardec diz que os olhos e as mãos são órgãos de emissão e direção de fluidos. (Obras Póstumas – Fotografia e Telegrafia do Pensamento). Existe uma corrente dentro do movimento espírita afirmando que ao médium incumbe apenas impor as mãos sobre a cabeça do paciente, como fazia Jesus e que o restante cabe aos espíritos superiores em servico.

Perguntamos:

a) Para que André Luiz nos ensinaria sobre as funções dos centros de forças (chacaras)?

b) Para que os técnicos do plano espiritual precisariam do fluido animalizado do médium que eles podem extrair de toda parte?

c) Se não temos a superioridade de Jesus, que curava até com saliva e lodo e mesmo à distância (o centurião romano e o servo etc), por que o médium deve ser dispensado da movimentação discreta e consciente das mãos? Em resumo: o médium, atendidos os requisitos básicos, deve se limitar a impor as mãos sobre o paciente no momento do passe?

DivaldoConfesso aceitar, sem qualquer restrição, a orientação do Espírito André Luiz, através da mediunidade do apóstolo Chico Xavier, perfeitamente centrada no pensamento Kardequiano, direcionando as mãos do passista no rumo do órgão enfermo. Jesus pela exelência de que se encontrava revestido, penetrava no âmago do ser e, conhecendo a problemática da saúde que o atormentava, bastava impor-lhe as mãos, tocá-lo ser tocado na fímbria dos Seus vestidos, desejar apenas e a recuperação de imediato se dava. Como há uma distância abissal entre ELE e nós, prefiro agir nos chakras correspondentes ao distúrbio orgânico, emocional ou psíquico, embora sem tocar no paciente, evitando imcompreensões, e conclusões injustificáveis.

Extraindo do fluido universal as energias que necessitam para operarem o socorro aos necessitados, os Mentores igualmente utilizam do fluido animal do médium, perfeitamente compatível com o do paciente, ainda mais quando ocorre a cooperação espontânea e enriquecedora do doador ou passista.

As correntes de opinião, quando sinceras e fundamentadas na Doutrina, são todas respeitáveis. No entanto, a experiência de cada pessoa permite-lhe agir conforme os resultados que vem colhendo, sem preocupar-se com as diferenças de métodos, modelos e fórmulas.

Sempre haverá opinião discordante em todo mister de natureza humana, considerando-se os diferentes níveis de consciência, de conhecimento, de comportamento pessoal.

Terceira Parte
Passo agora, para a análise das curas efetuadas por Jesus, constantes das obras espíritas, para tentar entender onde é que estão situados os fundamentos dos quais muitos dos nossos confrades dizem ter por base a tal prática da simples imposição das mãos.
As Curas de Jesus
A Gênese, FEB 36ª Edição, Cap. XV.
1) Perda de sangue

10. - Então, uma mulher, que havia doze anos sofria de uma hemorragia; - que sofrera muito nas mãos dos médicos e que, tendo gasto todos os seus haveres, nenhum alívio conseguira, - como ouvisse falar de Jesus, veio com a multidão atrás dele e lhe tocou as vestes, porquanto, dizia: Se eu conseguir ao menos lhe tocar nas vestes, ficarei curada. - No mesmo instante o fluxo sangüíneo lhe cessou e ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade.
Logo, Jesus, conhecendo em si mesmo a virtude que dele saíra, se voltou no meio da multidão e disse: Quem me tocou as vestes? - Seus discípulos lhe disseram: Vês que a multidão te aperta de todos os lados e perguntas quem te tocou? – Ele olhava em torno de si à procura daquela que o tocara.
A mulher, que sabia o que se passara em si, tomada de medo e pavor, veio lançar-se-lhe aos pés e lhe declarou toda a verdade. - Disse-lhe Jesus: Minha filha, tua fé te salvou; vai em paz e fica curada da tua enfermidade. (S. Marcos, cap. V, vv. 25 a 34.)

2) Cego de Betsaida
12. - Tendo chegado a Betsaida, trouxeram-lhe um cego e lhe pediam que o tocasse. Tomando o cego pela mão, ele o levou para fora do burgo, passou-lhe saliva nos olhos e, havendo-lhe imposto as mãos, lhe perguntou se via alguma coisa. – O homem, olhando; disse: Vejo a andar homens que me parecem árvores. - Jesus lhe colocou de novo as mãos sobre os olhos e ele começou a ver melhor. Afinal, ficou tão perfeitamente curado, que via distintamente todas as coisas. - Ele o mandou para casa, dizendo-lhe: Vai para tua casa; se entrares no burgo, a ninguém digas o que se deu contigo. (S. Marcos, cap. VIII, vv. 22 a 26.)

3) Paralítico

14. - Tendo subido para uma barca, Jesus atravessou o lago e veio à sua cidade (Cafarnaum). - Como lhe apresentassem um paralítico deitado em seu leito, Jesus, notando-lhe a fé, disse ao paralítico: Meu filho, tem confiança; perdoados te são os teus pecados.
Logo alguns escribas disseram entre si: Este homem blasfema. - Jesus, tendo percebido o que eles pensavam, perguntou-lhes: Por que alimentais maus pensamentos em vossos corações? - Pois, que é mais fácil dizer: - Teus pecados te são perdoados, ou dizer: Levanta-te e anda?Ora, para que saibais que o Filho do homem tem na Terra o poder de remitir os pecados: Levanta-te, disse então ao paralítico, toma o teu leito e vai para tua casa.
O paralítico se levantou imediatamente e foi para sua casa. Vendo aquele milagre, o povo se encheu de temor e rendeu graças a Deus, por haver concedido tal poder aos homens. (S. Mateus, cap. IX, vv. 1 a 8.)

4) Os dez leprosos
16. - Um dia, indo ele para Jerusalém, passava pelos confins da Samaria e da Galiléia - e, estando prestes a entrar numa aldeia, dez leprosos vieram ao seu encontro e, conservando-se afastados, clamaram em altas vozes: Jesus, Senhor nosso, tem piedade de nós. - Dando com eles, disse-lhes Jesus: Ide mostrar-vos aos sacerdotes. Quando iam a caminho, ficaram curados.
Um deles, vendo-se curado, voltou sobre seus passos, glorificando a Deus em altas vozes; - e foi lançar-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra, a lhe render graças. Esse era samaritano.
Disse então Jesus: Não foram curados todos dez? Onde estão os outros nove?
Nenhum deles houve que voltasse e glorificasse a Deus, a não ser este estrangeiro? - E disse a esse: Levanta-te; vai; tua fé te salvou. (S. Lucas, capítulo XVII, vv. 11 a 19.)

5) Mão seca

18. - Doutra vez entrou Jesus no templo e aí encontrou um homem que tinha seca uma das mãos. - E eles o observavam para ver se ele o curaria em dia de sábado, para terem um motivo de o acusar. - Então, disse ele ao homem que tinha a mão seca: Levanta-te e coloca-te ali no meio. - Depois, disse-lhes: É permitido em dia de sábado fazer o bem ou mal, salvar a vida ou tirá-la? Eles permaneceram em silêncio. - Ele, porém, encarando-os com indignação, tanto o afligia a dureza de seus corações, disse ao homem: Estende a tua mão. Ele a estendeu e ela se tornou sã.
Logo os fariseus saíram e se reuniram contra ele em conciliábulo com os herodianos, sobre o meio de o perderem. - Mas, Jesus se retirou com seus discípulos para o mar, acompanhando-o grande multidão de povo da Galiléia e da Judéia – de Jerusalém, da Iduméia e de além Jordão; e os das cercanias de Tiro e de Sídon, tendo ouvido falar das coisas que ele fazia, vieram em grande número ao seu encontro. (S. Marcos, cap. III, vv. 1 a 8.)

6) A mulher curada
19. - Todos os dias de sábado Jesus ensinava numa sinagoga. - Um dia, viu ali uma mulher possuída de um Espírito que a punha doente, havia dezoito anos; era tão curvada, que não podia olhar para cima. - Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: Mulher, estás livre da tua enfermidade. - Impôs-lhe ao mesmo tempo as mãos e ela, endireitando-se, rendeu graças a Deus.
Mas, o chefe da sinagoga, indignado por haver Jesus feito uma cura em dia de sábado, disse ao povo: Há seis dias destinados ao trabalho; vinde nesses dias para serdes curados e não nos dias de sábado.
O Senhor, tomando a palavra, disse-lhe: Hipócrita, qual de vós não solta da carga o seu boi ou seu jumento em dia de sábado e não o leva a beber? - Por que então não se deveria libertar, em dia de sábado, dos laços que a prendiam, esta filha de Abraão, que Satanás conservara atada durante dezoito anos?
A estas palavras, todos os seus adversários ficaram confusos e todo o povo encantado de vê-lo praticar tantas ações gloriosas. (S. Lucas, cap. XIII, vv. 10 a 17.)

7) O paralítico da piscina
21. - Depois disso, tendo chegado a festa dos judeus, Jesus foi a Jerusalém. Ora, havia em Jerusalém a piscina das ovelhas, que se chama em hebreu Betesda, a qual tinha cinco galerias - onde, em grande número, se achavam deitados doentes, cegos, coxos e os que tinham ressecados os membros, todos à espera de que as águas fossem agitadas - Porque, o anjo do Senhor, em certa época, descia àquela piscina e lhe movimentava a água e aquele que fosse o primeiro a entrar nela, depois de ter sido movimentada a água, ficava curado, qualquer que fosse a sua doença.
Ora, estava lá um homem que se achava doente havia trinta e oito anos. - Jesus, tendo-o visto deitado e sabendo-o doente desde longo tempo, perguntou-lhe: Queres ficar curado? - O doente respondeu: Senhor, não tenho ninguém que me lance na piscina depois que a água for movimentada; e, durante o tempo que levo para chegar lá, outro desce antes de mim. - Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e vai-te. - No mesmo instante o homem se achou curado e, tomando de seu leito, pôs-se a andar. Ora, aquele dia era um sábado.
Disseram então os judeus ao que fora curado: Não te é permitido levares o teu leito. - Respondeu o homem: Aquele que me curou disse: Toma o teu leito e anda. - Perguntaram-lhe eles então: Quem foi esse que te disse: Toma o teu leito e anda? - Mas, nem mesmo o que fora curado sabia quem o curara, porquanto Jesus se retirara do meio da multidão que lá estava.
Depois, encontrando aquele homem no templo, Jesus lhe disse: Vês que foste curado; não tornes de futuro a pecar, para que te não aconteça coisa pior.
O homem foi ter com os judeus e lhes disse que fora Jesus quem o curara. – Era por isso que os judeus perseguiam a Jesus, porque ele fazia essas coisas em dia de sábado. - Então, Jesus lhes disse: Meu Pai não cessa de obrar até ao presente e eu também obro incessantemente. (S. João, cap. V, vv. 1 a 17.)

8) Cego de nascença
24. - Ao passar, viu Jesus um homem que era cego desde que nascera; - e seus discípulos lhe fizeram esta pergunta: Mestre, foi pecado desse homem, ou dos que o puseram no mundo, que deu causa a que ele nascesse cego? - Jesus lhes respondeu: Não é por pecado dele, nem dos que o puseram no mundo; mas, para que nele se patenteiem as obras do poder de Deus. É preciso que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; vem depois a noite, na qual ninguém pode fazer obras. – Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo.
Tendo dito isso, cuspiu no chão e, havendo feito lama com a sua saliva, ungiu com essa lama os olhos do cego - e lhe disse: Vai lavar-te na piscina de Siloé, que significa Enviado. Ele foi, lavou-se e voltou vendo claro.Seus vizinhos e os que o viam antes a pedir esmolas diziam: Não é este o que estava assentado e pedia esmola? Uns respondiam: É ele; outros diziam: Não, é um que se parece com ele. O homem, porém, lhes dizia: Sou eu mesmo. - Perguntaram-lhe então: Como se te abriram os olhos? - Ele respondeu: Aquele homem que se chama Jesus fez um pouco de lama e passou nos meus olhos, dizendo: Vai à piscina de Siloé e lava-te. Fui, lavei-me e vejo. - Disseram--lhe: Onde está ele? Respondeu o homem: Não sei.
Levaram então aos fariseus o homem que estivera cego. - Ora, fora num dia de sábado que Jesus fizera aquela lama e lhe abrira os olhos.
Também os fariseus o interrogaram para saber como recobrara a vista. Ele lhes disse: Ele me pôs lama nos olhos, eu me lavei e vejo. - Ao que alguns fariseus retrucaram: Esse homem não é enviado de Deus, pois que não guarda o sábado. Outros, porém, diziam: Como poderia um homem mau fazer prodígios tais? Havia, a propósito, dissensão entre eles.
Disseram de novo ao que fora cego: E tu, que dizes desse homem que te abriu os olhos? Ele respondeu: Digo que é um profeta. - Mas, os judeus não acreditaram que aquele homem houvesse estado cego e que houvesse recobrado a vista, enquanto não fizeram vir o pai e a mãe dele - e os interrogaram assim: É este o vosso filho, que dizeis ter nascido cego? Como é que ele agora vê? - O pai e a mãe responderam: Sabemos que esse é nosso filho e que nasceu cego; - não sabemos, porém, como agora vê e tampouco sabemos quem lhe abriu os olhos. Interrogai-o; ele já tem idade, que responda por si mesmo.
Seu pai e sua mãe falavam desse modo, porque temiam os judeus, visto que estes já haviam resolvido em comum que quem quer que reconhecesse a Jesus como sendo o Cristo seria expulso da sinagoga. - Foi o que obrigou o pai e a mãe do rapaz a responderem: Ele já tem idade; interrogai-o.
Chamaram segunda vez o homem que estivera cego e lhe disseram: Glorifica a Deus; sabemos que esse homem é um pecador. Ele lhes respondeu: Se é um pecador, não sei, tudo o que sei é que estava cego e agora vejo. - Tornaram a perguntar-lhe: Que te fez ele e como te abriu os olhos? - Respondeu o homem: Já vo-lo disse e bem o ouvistes; por que quereis ouvi-lo segunda vez? Será que queirais tornar-vos seus discípulos? - Ao que eles o carregaram de injúrias e lhe disseram: Sê tu seu discípulo; quanto a nós, somos discípulos de Moisés. - Sabemos que Deus falou a Moisés, ao passo que este não sabemos donde saiu.
O homem lhes respondeu: É de espantar que não saibais donde ele é e que ele me tenha aberto os olhos. - Ora, sabemos que Deus não exalça os pecadores; mas, àquele que o honre e faça a sua vontade, a esse Deus exalça. - Desde que o mundo existe, jamais se ouviu dizer que alguém tenha aberto os olhos a um cego de nascença. - Se esse homem não fosse um enviado de Deus, nada poderia fazer de tudo o que tem feito.
Disseram-lhe os fariseus: Tu és todo pecado, desde o ventre de tua mãe, e queres ensinar-nos a nós? E o expulsaram. (S. João, cap. IX, vv. 1 a 34.)

9) Possessos

29. - Vieram em seguida a Cafarnaum e Jesus, entrando primeiramente, em dia de sábado, na sinagoga, os instruía. - Admiravam-se da sua doutrina, porque ele os instruía como tendo autoridade e não como os escribas.
Ora, achava-se na sinagoga um homem possesso de um Espírito impuro, que exclamou: - Que há entre ti e nós, Jesus de Nazaré? Vieste para nos perder? Sei quem és: és o santo de Deus. - Jesus, porém, falando-lhe ameaçadoramente, disse: Cala-te e sai desse homem. - Então, o Espírito impuro, agitando o homem em violentas convulsões, saiu dele.
Ficaram todos tão surpreendidos que uns aos outros perguntavam: Que é isto?
Que nova doutrina é esta? Ele dá ordem com império, até aos Espíritos impuros, e estes lhe obedecem. (S. Marcos, cap. I, vv. 21 a 27.)

10) Possessos

30. - Tendo eles saído, apresentaram-lhe um homem mudo, possesso do demônio. - Expulso o demônio o mudo falou e o povo, tomado de admiração, dizia: Jamais se viu coisa semelhante em Israel.
Mas os fariseus, ao contrário, diziam: É pelo príncipe dos demônios que ele expele os demônios. (S. Mateus, capítulo IX, vv. 32 a 34.)

11) Possessos

31. - Quando ele foi vindo ao lugar onde estavam os outros discípulos, viu emtorno destes uma grande multidão de pessoas e muitos escribas que com eles disputavam. - Logo que deu com Jesus, todo o povo se tomou de espanto e temor e correram todos a saudá-lo.
Perguntou ele então: Sobre que disputáveis em assembléia? - Um homem, do meio do povo, tomando a palavra, disse: Mestre, trouxe-te meu filho, que está possesso de um Espírito mudo; - em todo lugar onde dele se apossa, atira-o por terra e o menino espuma, rilha os dentes e se torna todo seco. Pedi a teus discípulos que o expulsassem, mas eles não puderam.
Disse-lhes Jesus: Oh! gente incrédula, até quando estarei convosco? Até quando vos suportarei? Trazei-mo. - Trouxeram-lho e ainda não havia ele posto os olhos em Jesus, e o Espírito entrou a agitá-lo violentamente; ele caiu no chão e se pôs a rolar espumando.
Jesus perguntou ao pai do menino: Desde quando isto lhe sucede? – Desde pequenino, diz o pai. - E o Espírito o tem lançado, muitas vezes, ora à água, ora ao fogo, para fazê-lo perecer; se alguma coisa puderes, tem compaixão de nós e socorrenos.
Respondeu-lhe Jesus: Se puderes crer, tudo é possível àquele que crê. – Logo exclamou o pai do menino, banhado em lágrimas: Senhor, creio, ajuda-me na minha incredulidade.
Jesus, vendo que o povo acorria em multidão, falou em tom de ameaça ao Espírito impuro, dizendo-lhe: Espírito surdo e mudo sai desse menino e não entres mais nele. - Então, o Espírito, soltando grande grito e agitando o menino em violentas convulsões, saiu, ficando como morto o menino, de sorte que muitos diziam que ele morrera. – Mas Jesus, tomando-lhe as mãos e amparando-o, fê-lo levantar-se.
Quando Jesus voltou para casa, seus discípulos lhe perguntaram, em particular: Por que não pudemos nós expulsar esse demônio? - Ele respondeu: Os demônios desta espécie não podem ser expulsos senão pela prece e pelo jejum. (S. Marcos, cap. IX, vv. 13 a 28.).

12) Possessos

32. - Apresentaram-lhe então um possesso cego e mudo e ele o curou, de modo que o possesso começou a falar e a ver: - Todo o povo ficou presa de admiração e dizia: Não é esse o filho de David?
Mas os fariseus, isso ouvindo, diziam: Este homem expulsa os demônios com o auxílio de Belzebu, príncipe dos demônios.
Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Todo reino que se dividir contra si mesmo será arruinado e toda cidade ou casa que se divide contra si mesma não pode subsistir. - Se Satanás expulsa a Satanás, ele está dividido contra si mesmo, como, pois, o seu reino poderá subsistir? - E, se é por Belzebu que eu expulso os demônios, por quem os expulsarão vossos filhos? Por isso, eles próprios serão os vossos juizes. - Se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é que o reino de Deus veio até vós. (S. Mateus, cap. XII, 22 a 28.)

13) Ressurreições

A filha de Jairo
37. - Tendo Jesus passado novamente, de barca, para a outra margem, logo que desembarcou, grande multidão se lhe apinhou ao derredor. Então, um chefe de sinagoga, chamado Jairo, veio ao seu encontro e, ao aproximar-se dele, se lhe lançou aos pés, - a suplicar com grande instância, dizendo: Tenho urna filha que está no momento extremo; vem impor-lhe as mãos para a curar e lhe salvar a vida.
Jesus foi com ele, acompanhado de grande multidão, que o comprimia.
Quando Jairo ainda falava, vieram pessoas que lhe eram subordinadas e lhe disseram: Tua filha está morta; por que hás de dar ao Mestre o incômodo de ir mais longe? - Jesus, porém, ouvindo isso, disse ao chefe da sinagoga: Não te aflijas, crê apenas. - E a ninguém permitiu que o acompanhasse, senão a Pedro, Tiago e João, irmão de Tiago.
Chegando a casa do chefe da sinagoga, viu ele uma aglomeração confusa de pessoas que choravam e soltavam grandes gritos. - Entrando, disse-lhes ele: Por que fazeis tanto alarido e por que chorais? Esta menina não está morta, está apenas adormecida. - Zombavam dele. Tendo feito que toda a gente saísse, chamou o pai e mãe da menina e os que tinham vindo em sua companhia e entrou no lugar onde a menina se achava deitada. - Tomou-lhe a mão e disse: Talitha cumi, isto é: Minha filha, levanta-te, eu to ordeno. - No mesmo instante a menina se levantou e se pôs a andar, pois contava doze anos, e ficaram todos maravilhados e espantados. (S. Marcos, cap. V, vv. 21 a 43.)

14) Ressurreições

Filho da viúva de Naim
38. - No dia seguinte, dirigiu-se Jesus para uma cidade chamada Naim; acompanhavam-no seus discípulos e grande multidão de povo. - Quando estava perto da porta da cidade, aconteceu que levavam a sepultar um morto, que era filho único de sua mãe e essa mulher era viúva; estava com ela grande número de pessoas da cidade. - Tendo-a visto, o Senhor se tomou de compaixão para com ela e lhe disse: Não chores. - Depois, aproximando-se, tocou o esquife e os que o conduziam pararam. Então, disse ele: Mancebo, levanta-te, eu o ordeno. - Imediatamente, o moço se sentou e começou a falar. E Jesus o restituiu à sua mãe.
Todos os que estavam presentes ficaram tomados de espanto e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo. O rumor desse milagre que ele fizera se espalhou por toda a Judéia e por todas as regiões circunvizinhas. (S. Lucas, cap. VII, vv. 11 a 17.)

15) Jesus caminha sobre a água
41. - Logo, fez Jesus que seus discípulos tomassem a barca e passassem para a outra margem antes dele, que ficava a despedir o povo. - Depois de o ter despedido, subiu a um monte para orar e, tendo caído a noite, achou-se ele sozinho naquele lugar.
Entrementes, a barca era fortemente açoitada pelas ondas, em meio do mar, por ser contrário o vento. - Mas, na quarta vigília da noite, Jesus foi ter com eles, caminhando por sobre o mar.
- Quando eles o viram andando sobre o mar, turbaram-se e diziam: É um fantasma e se puseram a gritar amedrontados. Jesus então lhes falou dizendo:
Tranqüilizai-vos, sou eu, não tenhais medo.
Pedro lhe respondeu: Senhor, se és tu, manda que eu vá ao teu encontro, caminhando sobre as águas. Disse-lhe Jesus: Vem. Pedro, descendo da barca, caminhava sobre a água, ao encontro de Jesus. Mas, vindo um grande vento, ele teve medo; e como começasse a submergir, clamou: Senhor, salva-me. Logo, Jesus, estendendo-lhe a mão, disse: Homem de pouca fé! por que duvidaste? - E, tendo subido para a barca, cessou o vento. - Então, os que estavam na barca, aproximando-se dele o adoraram, dizendo: És verdadeiramente filho de Deus, (S. Mateus, cap. XIV, vv. 22 a 33.)

16)Transfiguração

43. - Seis dias depois, tendo chamado de parte a Pedro, Tiago e João, Jesus os levou consigo a um alto monte afastado e se transfigurou diante deles. Enquanto orava, seu rosto pareceu inteiramente outro; suas vestes se tornaram brilhantemente luminosas e brancas qual a neve, como não há pisoeiro na Terra que possa fazer alguma tão alva. - E eles viram aparecer Elias e Moisés, a entreter palestra com Jesus.
Então, disse Pedro a Jesus: Mestre, estamos bem aqui; façamos três tendas: uma para ti, outra para Moisés, outra para Elias. - É que ele não sabia o que dizia, tão espantado estava.
Ao mesmo tempo, apareceu uma nuvem que os cobriu; e, dessa nuvem, uma voz partiu, fazendo ouvir estas palavras: Este é meu Filho bem-amado; escutai-o.
Logo, olhando para todos os lados, a ninguém mais viram, senão a Jesus, que ficara a sós com eles.
Quando desciam do monte, ordenou-lhes ele que a ninguém falassem do que tinham visto, até que o Filho do Homem ressuscitasse dentre os mortos. - E eles conservaram em segredo o fato, inquirindo uns dos outros o que teria ele querido dizer com estas palavras: Até que o Filho do Homem tenha ressuscitado dentre os mortos. (S. Marcos, cap. IX, vv. 1 a 9.)

17) Tempestade aplacada

45. - Certo dia, tendo tomado uma barca com seus discípulos, disse-lhes ele: Passemos à outra margem do lago. Partiram então. Durante a travessia, ele adormeceu. - Então, um grande turbilhão de vento se abateu de súbito sobre o lago, de sorte que, enchendo-se dágua a barca, eles se viam em perigo. Aproximaram-se, pois, dele e o despertaram, dizendo-lhe: Mestre, perecemos. Jesus, levantando-se, falou, ameaçador, aos ventos e às ondas agitadas e uns e outras se aplacaram, sobrevindo grande calma. Ele então lhes disse: Onde esta a vossa fé? Eles, porém, cheios de temor e admiração, perguntavam uns aos outros: Quem é este que assim dá ordens ao vento e às ondas, e eles lhe obedecem? (São Lucas, cap. VIII, vv. 22 a 25.)

18) Bodas de Cana
47. - Este milagre, referido unicamente no Evangelho de S. João, é apresentado como o primeiro que Jesus operou e nessas condições, devera ter sido um dos mais notados.
Entretanto, bem fraca impressão parece haver produzido, pois que nenhum outro evangelista dele trata. Fato não extraordinário era para deixar espantados, no mais alto grau, os convivas e, sobretudo, o dono da casa, os quais, todavia, parece que não o perceberam.
Considerado em si mesmo, pouca importância tem o fato, em comparação com os que, verdadeiramente, atestam as qualidades espirituais de Jesus. Admitido que as coisas hajam ocorrido, conforme foram narradas, e de notar-se seja esse, de tal gênero, o único fenômeno que se tenha produzido.
Jesus era de natureza extremamente elevada, para se ater a efeitos puramente materiais, próprios apenas a aguçar a curiosidade da multidão que, então, o teria nivelado a um mágico. Ele sabia que as coisas úteis lhe conquistariam mais simpatias e lhe granjeariam mais adeptos, do que as que facilmente passariam por fruto de grande habilidade e destreza (nº 27).
Se bem que, a rigor, o fato se possa explicar, até certo ponto, por uma ação fluídica que houvesse, como o magnetismo oferece muitos exemplos, mudado as propriedades da água, dando-lhe o sabor do vinho, pouco provável é se tenha verificado semelhante hipótese, dado que, em tal caso, a água, tendo do vinho unicamente o sabor, houvera conservado a sua coloração, o que não deixaria de ser notado. Mais racional é se reconheça aí unia daquelas parábolas tão freqüentes nos ensinos de Jesus, como a do filho pródigo, a do festim de bodas, do mau rico, da figueira que secou e tantas outras que, todavia, se apresentam com caráter de fatos ocorridos. Provavelmente, durante o repasto, terá ele aludido ao vinho e à água, tirando de ambos um ensinamento.Justificam esta opinião as palavras que a respeito lhe dirige o mordomo: «Toda gente serve em primeiro lugar o vinho bom e, depois que todos o têm bebido muito, serve o menos fino; tu, porém, guardas até agora o bom vinho.»
Entre duas hipóteses, deve-se preferir a mais racional e os espíritas não são tão crédulos que por toda parte vejam manifestações, nem tão absolutos em suas opiniões, que pretendam explicar tudo por meio dos fluidos.
19) Multiplicação dos pães
48. - A multiplicação dos pães é um dos milagres que mais têm intrigado os comentadores e alimentado, ao mesmo tempo, as zombarias dos incrédulos. Sem se darem ao trabalho de lhe perscrutar o sentido alegórico, para estes últimos ele não passa de um conto pueril. Entretanto, a maioria das pessoas sérias há visto na narrativa desse fato, embora sob forma diferente da ordinária, uma parábola, em que se compara o alimento espiritual da alma ao alimento do corpo.
Pode-se, todavia, perceber nela mais do que uma simples figura e admitir, de certo ponto de vista, a realidade de um fato material, sem que, para isso, seja preciso se recorra ao prodígio. É sabido que uma grande preocupação de espírito, bem como a atenção fortemente presa a uma coisa fazem esquecer a fome. Ora, os que acompanhavam a Jesus eram criaturas ávidas de ouvi-lo; nada há, pois, de espantar em que, fascinadas pela sua palavra e também, talvez, pela poderosa ação magnética que ele exercia sobre os que o cercavam, elas não tenham experimentado a necessidade material de comer.
Prevendo esse resultado, Jesus nenhuma dificuldade teve para tranqüilizar os discípulos, dizendo-lhes, na linguagem figurada que lhe era habitual e admitido que realmente houvessem trazido alguns pães, que estes bastariam para matar a fome à multidão. Simultaneamente, ministrava aos referidos discípulos um ensinamento, com o lhes dizer: «Dai-lhes vós mesmos de comer.» Ensinava-lhes assim que também eles podiam alimentar por meio da palavra.
Desse modo, a par do sentido moral alegórico, produziu-se um efeito fisiológico, natural e muito conhecido. O prodígio, no caso, está no ascendente da palavra de Jesus, poderosa bastante para cativar a atenção de uma multidão imensa, ao ponto de fazê-la esquecer-se de comer. Esse poder moral comprova a superioridade de Jesus, muito mais do que o fato puramente material da multiplicação dos pães, que tem de ser considerada como alegoria.
Esta explicação, aliás, o próprio Jesus a confirmou nas duas passagens seguintes.

20) O fermento dos fariseus
49. - Ora, tendo seus discípulos passado para o outro lado do mar, esqueceram-se de levar pães. - Jesus lhes disse: Tende o cuidado de precatar-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus. - Eles, porém, pensavam e diziam entre si: É porque não trouxemos pães.
Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: Homens de pouca fé, por que haveis de estar cogitando de não terdes trazido pães? Ainda não compreendeis e não vos lembrais quantos cestos levastes? - Como não compreendereis que não é do pão que eu vos falava, quando disse que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus?Eles então compreenderam que ele não lhes dissera que se preservassem do fermento que se põe no pão, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus. (S. Mateus, cap. XVI, vv. 5 a 12.)

21) O pão do céu
50. - No dia seguinte, o povo, que permanecera do outro lado do mar, notou que lá não chegara outra barca e que Jesus não entrara na que seus discípulos tomaram, que os discípulos haviam partido sós - e como tinham chegado depois outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde o Senhor, após render graças, os alimentara com cinco pães; - e como verificassem por fim que Jesus não estava lá, tampouco seus discípulos, entraram naquelas barcas e foram para Cafarnaum, em busca de Jesus. - E, tendo-o encontrado além do mar, disseram-lhe: Mestre, quando vieste para cá?
Jesus lhes respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que me procurais, não por causa dos milagres que vistes, mas por que eu vos dei pão a comer e ficastes saciados. -Trabalhai por ter, não o alimento que perece, mas o que dura para a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará, porque foi nele que Deus, o Pai, imprimiu seu selo e seu caráter.Perguntaram-lhe eles: Que devemos fazer para produzir obras de Deus? - Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é que creiais no que ele enviou.
Perguntaram-lhe então: Que milagre operarás que nos faça crer, vendo-o? Que farás de extraordinário? - Nossos pais comeram o maná no deserto, conforme está escrito: Ele lhes deu de comer o pão do céu.
Jesus lhes respondeu: Em verdade, em verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu; meu Pai é quem dá o verdadeiro pão do céu, - porquanto o pão de Deus é aquele que desceu do céu e que dá vida ao mundo.
Disseram eles então: Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Jesus lhes respondeu: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. - Mas, eu já vos disse: vós me tendes visto e não credes.
Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim tem a vida eterna. - Eu sou o pão da vida. - Vossos pais comeram o maná do deserto e morreram. – Aqui está o pão que desceu do céu, a fim de que quem dele comer não morra. (S. João, cap. VI, vv. 22-36 e 47-50.).

Como bem podemos verificar, na matéria aqui exposta, em apenas duas oportunidades: (“Cego de Betsaida - Tomando o cego pela mão, ele o levou para fora do burgo, passou-lhe saliva nos olhos e, havendo-lhe imposto as mãos, lhe perguntou se via alguma coisa; e, A mulher curada - Vendo-a, Jesus a chamou e lhe disse: Mulher, estás livre da tua enfermidade. - Impôs-lhe ao mesmo tempo as mãos e ela, endireitando-se, rendeu graças a Deus”), das 21 ações de Jesus aqui descritas, somente em 2 (duas) oportunidades, podemos constatar a narrativa de que Jesus se utilizou dessa forma de efetuar suas curas, mesmo assim, o que eles não dão destaque é que Jesus, passa a saliva diretamente nos olhos do cego, ou seja, no órgão causador da dificuldade do irmão curado, Mc 8,23 e Jo 9,6. Nas duas vezes em que impôs as mãos, Ele se utilizou de outros procedimentos, ou seja, numa passou antes saliva nos olhos do cego e na outra, falou antes para a mulher que ela estava curada, em todas as outras, não temos esse tipo de procedimento pelo Mestre de Nazaré, que como bem nos diz Allan Kardec, em “A Gênese”, não precisava de qualquer outro subterfúgio senão o de ordenar ao espírito que seguisse seu caminho, e não voltasse a transgredir as Leis de Deus.

Quarta Parte
Vamos agora, buscar na codificação, as instruções dos Espíritos Superiores para que entendamos definitivamente, a incomensurável distância que nos separa desse que é o exemplo a ser seguido por todos nós, sem que pretendamos fazer o que ELE fez e agir como ele agiu, para realizar suas proezas, pois, Jesus pertence à categoria dos Espíritos Puros.


Superioridade da natureza de Jesus

Olivro dos Espíritos – pergunta 625.
Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
“Jesus.”

A Gênese, FEB 36ª Edição, Cap. XV.
1. – “Os fatos que o Evangelho relata e que foram até hoje considerados milagrosos pertencem, na sua maioria, à ordem dos fenômenos psíquicos, isto é, dos que têm como causa primária as faculdades e os atributos da alma. Confrontando-os com os que ficaram descritos e explicados no capítulo precedente, reconhecer-se-á sem dificuldade que há entre eles identidade de causa e de efeito. A História registra outros análogos, em todos os tempos e no seio de todos os povos, pela razão de que, desde que há almas encarnadas e desencarnadas, os mesmos efeitos forçosamente se produziram. Pode-se, é certo, contestar, no que concerne a este ponto, a veracidade da História; mas, hoje, eles se produzem às nossas vistas e, por assim dizer, à vontade e por indivíduos que nada têm de excepcionais. O só fato da reprodução de um fenômeno, em condições idênticas, basta para provar que ele é possível e se acha submetido a uma lei, não sendo, portanto, miraculoso.
O princípio dos fenômenos psíquicos repousa, como já vimos, nas propriedades do fluido perispiritual, que constituí o agente magnético; nas manifestações da vida espiritual durante a vida corpórea e depois da morte; e, finalmente, no estado constitutivo dos Espíritos e no papel que eles desempenham como força ativa da Natureza. Conhecidos estes elementos e comprovados os seus efeitos, tem-se, como conseqüência, de admitir a possibilidade de certos fatos que eram rejeitados enquanto se lhes atribuía uma origem sobrenatural.

2. - Sem nada prejulgar quanto à natureza do Cristo, natureza cujo exame não entra no quadro desta obra, considerando-o apenas um Espírito superior, não podemos deixar de reconhecê-lo um dos de ordem mais elevada e colocado, por suas virtudes, muitíssimo acima da humanidade terrestre. Pelos imensos resultados que produziu, a sua encarnação neste mundo forçosamente há de ter sido uma dessas missões que a Divindade somente a seus mensageiros diretos confia, para cumprimento de seus desígnios. Mesmo sem supor que ele fosse o próprio Deus, mas unicamente um enviado de Deus para transmitir sua palavra aos homens, seria mais do que um profeta, porquanto seria um Messias divino.
Como homem, tinha a organização dos seres carnais; porém, como Espírito puro, desprendido da matéria, havia de viver mais da vida espiritual, do que da vida corporal, de cujas fraquezas não era passível. A sua superioridade com relação aos homens não derivava das qualidades particulares do seu corpo, mas das do seu Espírito, que dominava de modo absoluto a matéria e da do seu perispírito, tirado da parte mais quintessenciada dos fluidos terrestres (cap. XIV, nº 9). Sua alma, provavelmente, não se achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis. Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de ordinário possuem os homens comuns. O mesmo havia de dar-se, nele, com relação a todos os fenômenos que dependem dos fluidos perispirituais ou psíquicos. A qualidade desses fluidos lhe conferia imensa forca magnética, secundada pelo incessante desejo de fazer o bem.
Agiria como médium nas curas que operava? Poder-se-á considerá-lo poderoso médium curador? Não, porquanto o médium é um intermediário, um instrumento de que se servem os Espíritos desencarnados e o Cristo não precisava de assistência, pois que era ele quem assistia os outros. Agia por si mesmo, em virtude do seu poder pessoal, como o podem fazer, em certos casos, os encarnados, na medida de suas forças. Que Espírito, ao demais, ousaria insuflar-lhe seus próprios pensamentos e encarregá-lo de os transmitir? Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir. Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus”.

Conforme relato acima, não dá para comparar os feito de Jesus com os de qualquer ser humano, por mais adiantado que este possa ser, Jesus é único, “Se algum influxo estranho recebia, esse só de Deus lhe poderia vir.”, se é possível se admitir que ELE, poderia receber algum “influxo” de Deus, conforme narrativa acima, como é possível a nós ignorarmos a inspiração para nossa orientação que nos são passadas pelos abnegados trabalhadores da Seara do Mestre de Nazaré, na prática do bem e da caridade?.
Quinta Parte
Conclusão: Respeitando as opiniões em contrário, de quantos não concordarem conosco, temos o dever de dizer que nossos argumentos estão fundamentados na doutrina espírita, e que por essa razão, optamos por ficar com Kardec, e com os Espíritos Superiores, nas matérias aqui expostas, contidas na Codificação e nas obras auxiliares de reconhecido conteúdo doutrinário, em razão disso, não podemos aceitar simples opiniões pessoais de quem quer que seja, como tendo o mesmo peso dos ensinos dos prepostos de Jesus.Para finalizar, solicitamos atenção para nossas observações seguintes:
a) Em primeiro lugar, precisamos dedicar todo esforço possível na necessária preparação para o exercício da nobre tarefa da mediunidade em todos os sentidos, pelo estudo sério e constante do espiritismo, como sendo o compromisso maior que assumimos com a doutrina que dizemos professar.

b) Que no caso específico da Cura pelo Passe, conforme esclarecimentos aqui expostos, retirados dos ensinos ministrados pelos Espíritos Superiores na doutrina espírita, devemos sim, movimentar as mãos, em direção aos órgãos em desequilíbrio do irmão à nossa frente, sintonizados com a equipe Espiritual Superior, responsável pelas tarefas em desenvolvimento, que nos assistirão, inspirando-nos a fazer este ou aquele movimento visando o restabelecimento da normalidade do órgão em desequilíbrio no irmão assistido.

Que Jesus nos sustente nas obras do bem com sua doce e sublime Paz, hoje e sempre.


Francisco Rebouças

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Psicografia

Palavras de Josepha!
Saber dizer Não, é verdadeiramente necessário e positivo!

Muitos dos irmãos em plena atividade reencarnatória nos dias da Terra de hoje, vivem aturdidos com infindáveis e dolorosos dilemas que eles criaram para si próprios, pela simples inobservância do poder de uma pequena palavra de tão significativa e de reconhecida ação eficaz contra os desafios da educação dos recém chegados espíritos em reencarnação para mais uma oportunidade de crescimento e desenvolvimento dos valores morais e das virtudes de ordem Divina que todo filho de Deus é portador.

Essa palavra simples e poderosa é o NÂO. Muitas das vezes desprezada por mil motivos, dentre os quais poderia destacar: o comodismo e o desprezo pelo dever de educador conferido pelo Pai Maior a todos os que se dispuseram a receber em seu nome os pequeninos como filhos ou mesmo como responsáveis indiretos, para os enquadrar nos parâmetros da decência, da moral e da paz, para os quais, foram plenamente preparados e absolutamente esclarecidos, sobre os perigos da não observância das regras de austeridade e disciplina que carece um Ser, que retorna a este orbe, com suas tendências e propensões quase sempre para o lado negro e problemático das criaturas num planeta como o nosso.

Mister se faz, que aprendamos urgentemente a observar melhor, as inúmeras situações em que o Não é a única palavra adequada para uma sábia resposta ante os apelos do mundo recrutando nossos filhos ou qualquer criança que esteja sob nossa responsabilidade, para as desventuras que de antemão já sabemos que se dará, e enfrentemos o desagrado do pequeno ser que iludido em suas avaliações infantis, sem os conhecimentos de vida que só a experiência nos outorga, estará se candidatando a ser mais uma vítima, no hoje que passa ou no amanhã que nos aguarda, pois, os responsáveis por eles somos nós e não o inverso.

Por falta destas simples e mágicas três letras, n ã o, quantas dores e misérias já se alastraram semeando desgraças e conflitos seculares para todos os envolvidos. A boa educação não prescinde da negação firme e sábia, na hora mais adequada, exprimindo insatisfações passageiras, mas semeando prazer e felicidade para o momento mais à frente, quando o Ser que o ouviu contrariado já crescido entenderá e dará razão ao seu responsável pela benção do desgosto momentaneamente provocado e completamente esquecido, fazendo parte simplesmente de uma história de vida, com final feliz.

Não substituamos jamais o positivo efeito do não inteligente e prudente, pelo fácil e irresponsável sim mascarado por uma bondade que nada mais é que indiferença e desrespeito pelo Dever assumido perante a missão da paternidade nobre e relevante, com que Deus recompensará os homens e mulheres que bem souberem aproveitar desta dádiva, com suas doces, felizes e incalculáveis recompensas, já desde esta vida, e muito mais na verdadeira vida de Espírito Imortal que todos somos.

A sociedade está farta do sim sem cuidado e sem reflexão, e carente do não trabalhoso, mas, de conteúdo saudável para a elevação moral e espiritual das criaturas desde a fase infantil.

É, desde pequeninos, que se formam os grandes homens de conteúdo e caráter.

Espírito: Josepha
Por: Francisco Rebouças.
Espiri-tista

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Diretrizes de Segurança - Continuação

Prezados amigos, estamos dando continuidade aos nossos estudos da mediunidade, para que melhor nos preparemos para as tarefas espirituais sob nossa responsabilidade em nossas instituições espíritas.
50- A partir de que idade o jovem espírita pode participar de trabalhos mediúnicos?

Divaldo - Desde quando esteja disposto a assumir responsabilidades. As jovens médiuns que colaboraram com Kardec oscilavam entre 12 e 15 anos de idade, mas há muita gente de 40 anos que não sabe manter perseverança nem responsabilidade. O problema não é de idade cronológica e sim de maturidade espiritual.

51- Não basta que o Jovem espírita tenha conhecimento teórico da Doutrina?

Divaldo - Tudo aquilo que fica reduzido a palavras carece de fundamentos de atos. Se ele tem conhecimento teórico da Doutrina, necessita pôr à prova esses conhecimentos através da boa prática do Espiritismo.

52- Que pensar dos médiuns psicofônicos que recebem espíritos durante a sessão, um atrás do outro? Será indício de grande mediunidade?

Raul - A mediunidade amadurecida não é identificada pelo número de desencarnados que se comuniquem por um único médium, numa mesma sessão, mas será identificada pelo teor das comunicações pela qualidade do fenômeno, que demonstrará a maior ou menor afinação do médium com as responsabilidades da tarefa.

Cada médium, quando devidamente esclarecido e maduro para o desempenho dos seus compromissos, saberá que o número avultado de comunicações por sessão poderá indicar descontrole do instrumento encarnado e não a sua pujança mediúnica. Há médiuns que prosseguem dando passividade a entidades durante a prece de encerramento, sem qualquer disciplina, quando não justificam que tais entidades estavam programadas, como se os Emissários do Além, responsáveis por lides tão ‘graves, tivessem menor bom senso do que nós, os encarnados.

Um número de até duas comunicações, e, em caso de grande necessidade e carência de outros médiuns, até três, parece bastante coerente.
Todos os médiuns, assim, terão chance de atender aos irmãos desencarnados, sem desnecessários desgastes.

53- Quais as causas do sono de que muitos companheiros se queixam quando participam de uma reunião mediúnica? Como evitá-lo?

Raul - As causas podem ser várias. Desde o cansaço físico, quando o indivíduo que vem de atividades muito intensas e que, ao sentar-se, ao relaxar-se, naturalmente é tomado pelo torpor da sonolência. Também, pode ser causado pela indiferença, pelo desligamento, quando alguém está num lugar, fisicamente, entretanto, pensando em outro, desejando não estar onde se acha. Compelido por uma circunstância qualquer, a pessoa se desloca mentalmente.
O sono pode, ainda, ser provocado por entidades espirituais que nos espreitam e que não têm nenhum interesse em nosso aprendizado para o nosso equilíbrio e crescimento.
Muitas vezes, os companheiros questionam. ‘Mas nós estamos no Centro Espírita, estamos num campo protegido e como o sono nos perturba?” Temos que entender que tais entidades hipnotizadoras podem não penetrar o circuito de forças vibratórias da Instituição ficam do lado de fora. Mas, a pessoa que entrou no Centro, na reunião não sintonizou-se com o ambiente, continua Vinculada aos que se conservam fora, e através dessa porta, desse plug aberto, ou dessa tomada, as entidades que ficaram lá de fora lançam seus tentáculos mentais, formando uma ponte. Então, estabelecida a ligação atuam na intimidade dos centros neuroniais desses incautos, que dormem, que se dizem desdobrar: “Eu não estava dormindo... apenas desdobrei, eu ouvi tudo... “Eles viram e ouviram tudo o que não fazia parte da reunião. Foram fazer a viagem com as entidades que os narcotizaram.
Deparamos aí com distúrbios graves, Porque quando termina a reunião o indivíduo está fagueiro, ótimo e sem sono e vai assistir à televisão até altas horas, depois de se haver submetido aos fluidos enfermiços. Por isso recomendamos àqueles que estão cansados fisicamente, que façam um ligeiro repouso antes da reunião ainda que seja por poucos minutos, para que o organismo possa beneficiar-se do encontro, para que fiquem mais atentos durante o trabalho doutrinário, levantar-se, borrifar o rosto com água fria, colocar-se em uma posição discreta, sempre que possível ao fundo do salão, em pé, sem encostar-se, a fim de lutar contra o sono.

Apelar para a prece, porque sempre que estamos ‘desejosos de participar do trabalho do bem, contamos com a eficiente colaboração dos Espíritos Bondosos. Faze a tua parte que o céu te ajudará.Temos, então, o sono como esse terrível adversário de nossa participação, de nosso aprendizado, de nosso crescimento espiritual. Não permitamos que ele se apodere de nós. Lutemos o quanto conseguirmos, e deveremos conseguir sempre, para combatê-lo, para termos bons frutos no bom aprendizado.
Livro: Diretrizes de Segurança
Divaldo P. Franco/ José Raul Teixeira.
Espiri-tista