“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Páginas edificantes

NA INTIMIDADE DO SER
"Vós, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade." - Paulo. COLOSSENSES, 3:12.)
Indubitavelmente, não basta apreciar os sentimentos sublimes que o Cristianismo inspira.
É indispensável revestirmo-nos deles.
O apóstolo não se refere a raciocínios.
Fala de profundidades.
O problema não é de pura cerebração.
É de intimidade do ser.
Alguém que possua roteiro certo do caminho a seguir, entre multidões que o desconhecem, é naturalmente eleito para administrar a orientação.
Detendo tão copiosa bagagem de conhecimentos, acerca da eternidade, o cristão legítimo é pessoa indicada a proteger os interesses espirituais de seus irmãos na jornada evolutiva; no entanto, é preciso encarecer o testemunho, que não se limita à fraseologia brilhante.
Imprescindível é que estejamos revestidos de "entranhas de misericórdia" para enfrentarmos, com êxito, os perigos crescentes do caminho.
O mal, para ceder terreno, compreende apenas a linguagem do verdadeiro bem; o orgulho, a fim de renunciar aos seus propósitos infelizes, não entende senão a humildade.
Sem espírito fraternal, é impossível quebrar o escuro estilete do egoísmo. É necessário dilatar sempre as reservas de sentimento superior, de modo a avançarmos, vitoriosamente, na senda da ascensão.
Os espiritistas sinceros encontrarão luminoso estímulo nas palavras de Paulo.Alguns companheiros por certo observarão em nossa lembrança mero problema de fé religiosa, segundo o seu modo de entender; todavia, entre fazer psiquismo por alguns dias e solucionar questões para a vida eterna, há sempre considerável diferença.
Livro: Vinha de Luz
Francisco Cândido Xavier / Ditado pelo Espírito de Emmanuel.
Espiri-tista

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Enfrentemos a vida, com trabalho e otimismo!

Não se deve simplesmente entrar em pânico pelas dificuldades que se opõem como obstáculo em nosso caminhar diário em busca de nossa melhoria como seres humanos a caminho da angelitude ainda bem distante de nosso momento de atual.

Precisamos continuar na labuta regeneradora de hoje, com muita disposição e confiança, fazendo tudo que estiver ao nosso alcance, com o pensamento positivo e as mãos operantes, no trabalho imprescindível que nos cabe realizar na obra de soerguimento dos espíritos comprometidos com as Soberanas Leis que regem os destinos das criaturas na Terra.

O momento mais importante de nossas vidas, é o que ora vivenciamos, pois, o tempo perdido não retorna, e o futuro depende de nossas construções do presente.

Empreguemos portanto, toda atenção e todos os recursos disponíveis ao nosso alcance no investimento do projeto de aperfeiçoamento de nosso espírito imortal, contribuindo dessa forma para o avanço do progresso indispensável para a conquista da paz e da fraternidade, em volta dos nossos passos, na certeza de que essa nossa atitude será capaz de gerar, grandes benefícios, para nós mesmos, para o nosso próximo e para vida.

Que Deus nos abençoe e nos ajude a buscar as melhores resoluções em prol do bem e da paz.

Francisco Rebouças.

Páginas edificantes

A oportunidade de elevação moral que a vida te permite, deve ser aproveitada com sabedoria e imediatamente.

A sucessão do tempo é inevitável, e, passada a ocasião, ei-la perdida.

Temo e vento que passam, não retornam jamais.

Assim, utilizares-te proveitosamente de cada ensejo de crescimento íntimo, é bênção que liberta.

Permanece vigilante, de modo a aproveitares todas as horas de tua existência carnal.

Livro: Vida Feliz
Divaldo Pereira Franco/Joanna de Angelis.



Espiri-tista

domingo, 21 de setembro de 2008

Meditar na Lição

"Considera o que te digo, porque o Senhor te dará entendimento em tudo".- Paulo. II TIMÓTEO. 2:7. (1)

Diante da exposição da verdade que os Emissários Celestes nos apresentam, não temos mais desculpas para deixar de meditar e de tirar das lições o conteúdo salutar de cada ensinamento que nos chega, contendo as luzes necessárias para clarear o caminho que seguimos em nosso processo evolutivo.

É preciso saber olhar para as belezas da vida e enxergá-las como elas realmente são e o que têm de melhor, quem olha de relance para a imensidão do espaço sideral sem a devida atenção, não pode ver as maravilhosas estrelas que cintilam no firmamento, quem ouve uma orquestra sem atentar para a sutileza das melodias por ela executadas, não lhe percebe as notas encantadoras.

Se não soubermos perceber as palavras inspiradas de pregadores abnegados, se não acalmarmos o coração para que o sentimento do bem nos possa clarear os pensamentos, não nos beneficiaremos das mais belas lições da mensagem cristã ali exposta, e do mesmo modo que chegarmos sairemos, sem o mínimo de benefício que os ensinos nos poderiam propiciar.

Grande número dos seguidores das diversas correntes cristãs na terra, vivem a se queixar da dificuldade que os incapacitam de entender os ensinos da Boa Nova, afirmando-se impossibilitados de compreender a ponto de saberem tirar proveito das novas revelações; isso acontece, devido a falta de atenção e maior envolvimento deles com a lição ministrada, pois, continuam demorando-se longo tempo na distração e na superficialidade da vida espiritual.

Para que o Sol possa penetrar os aposentos de nossa casa, é preciso que abramos as janelas para que sua luz possa penetrar no ambiente e afastar as sombras ali contidas, aclarando, arejando, aquecendo e dando vida e alegria ao ambiente doméstico. Da mesma forma, também precisamos proceder em relação ao nosso coração e nossa mente, para absorvermos as bênçãos das lições do evangelho renovador.

Preciso se faz, que dediquemos desde já algum esforço na busca do esforço para trabalho que precisamos empreender em nosso dia a dia no exercício da meditação para nos ajudar na concentração necessária para nos envolvermos com determinação e boa vontade na nossa capacitação para poder finalmente ouvir e ver de forma a tirar os benefícios das verdades contidas nas sábias lições do evangelho de Jesus.

Paulo de Tarso, é claro na observação que nos fez, sobre a importância que devemos dar aos ensinamentos cristãos quando nos disse: "Considera o que te digo, porque, então, o Senhor te dará entendimento em tudo", fazendo-nos crer que, se prestarmos a devida atenção aos apontamentos contidos na Boa Nova, o Senhor nos proporcionará em retribuição à nossa boa vontade e esforço, suficiente compreensão e entendimento de sua vontade sobre tudo.

1) Segunda Epístola de Paulo a Timóteo, Cap. II. v. 7.

Francisco Rebouças.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Estudando o Evangelho

Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus

Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. — Muitos, nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? — Eu então lhes direi em altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniqüidade. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 21 a 23.)

Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. — Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. — Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derrubada; grande foi a sua ruína. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 24 a 27. — S. LUCAS, cap. VI, vv. 46 a 49.)

Aquele que violar um destes menores mandamentos e que ensinar os homens a violá-los, será considerado como último no reino dos céus; mas, será grande no reino dos céus aquele que os cumprir e ensinar. — (S. MATEUS, cap. V, v.19.)

Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! — Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos? Serão cristãos os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração. Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a Jesus: “Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidades, vós que desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério. Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de caridade.”

São eternas as palavras de Jesus, porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas também o penhor da paz, da tranqüilidade e da estabilidade nas coisas da vida terrestre. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.

Fonte:

O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 6 a 9.

Espiri-tista

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Artigos - Espiri-tista

Convite da Luz

Neste momento em que a sombra desacata os que se esforçam na busca da claridade, ensejando-lhes pensamentos de desistência, de desânimo, em constante perseguição por fazer-lhes desistir, do ideal de esclarecimento e progresso à caminho da perfeição, vimos convidar os amigos de boa vontade, que laboram com os sinceros propósitos de renovação do nosso planeta, a começar por desenvolver em si mesmos os seguintes requisitos que muito lhes ajudarão a conseguir o tão desejado intento.

1) Dedicar-se com esmero e entusiasmo, aos primeiros de todos os passos que devemos observar que são: o auto-conhecimento e a disposição de melhorar-se;

2) Aproveitar cada hora disponível para semear no campo do espírito a semente de fraternidade, bondade, amizade, em volta de seus passos;

3) Não deixar de fazer constantemente uma profunda meditação, sobre seus atos do dia anterior, buscando melhorá-los a cada novo amanhecer;

4) Lutar sem esmorecimento, no combate aos desafios de burilamento indispensável a quem quer crescer moral e espiritualmente;

5) Sentir-se sempre estimulado a impulsionar seus propósitos para as coisas do espírito, visando diminuir seus apegos aos bens da matéria perecível;

6) Buscar empreender sua parcela na posição de co-criador responsável pela ajuda no progresso de seu semelhante, pois para isso fomos criados;

7) Evitar escandalizar-se, com os nefastos acontecimentos divulgados pela imprensa sensacionalista, procurando ver em tudo motivo para seu crescimento tirando dos fatos as lições de experiência, com que buscará se fortalecer e evitar cair também nas teias do mal.

Ao aceitar este convite dos amigos da Luz, enviados a todos nós nas inúmeras mensagens, contidas nos milhares livros de leitura sadia, que a doutrina espírita nos oferece, encontraremos, com absoluta certeza, a companhia e a ajuda dos prepostos do Mestre de Nazaré, nos incentivando a enfrentar com otimismo e esperança as rudezas da estrada evolutiva, candidatando-nos a encontrar a nossa paz interior, e a sermos por nossa vez, mensageiros confiáveis da mensagem sublime, trazida pelo Consolador a tantos outros corações desiludidos, desesperançados, desanimados, perdidos nas ilusões do materialismo, de ambos os planos da vida, que pululam em volta de nós, e que de alguma forma estamos convocados a ajudar.

Que não nos falte em momento algum a sincera disposição de crescer em direção às sublimes paragens da espiritualidade Maior, pois esta é a destinação de todos nós, precisando apenas que procuremos envidar esforços na antecipação desse nosso estado de plenitude.


Espiri-tista.

domingo, 14 de setembro de 2008

Artigos - Espiritista

Kardec e o bullyng.

Wellington Balbo
Todos os dias a mesma situação: ao adentrar a sala de aula, alguns garotos iniciavam:

- Gorduchoooo! Gorduchooooo! Gorduchooooo!

E não parava por ai, não raro era agredido fisicamente. A vergonha, o medo e a insegurança lhe impediam de denunciar os algozes à diretoria. Com isso, vivia sem amigos, relegado ao desprezo. Sem a interação com os demais colegas de classe seu rendimento escolar era pífio. Sua mãe, percebendo que algo andava errado com o filho, procurou auxílio psicológico, porquanto o garoto andava ansioso em demasia, não querendo ir a escola e urinando na roupa, embora já contasse 8 anos.
Esse garoto era vítima de bullyng, palavra de origem inglesa que significa: gozações sucessivas, humilhações, tiranização.

Quem nunca presenciou alguém humilhando, constrangendo, ridicularizando alguém em público? O que para muitos é brincadeira ingênua que seduz a turma fazendo brotar gargalhadas, para a vítima do bullyng é um terrível pesadelo, que não raro o faz se isolar, sentindo-se a pior das criaturas.
No Rio de Janeiro, em pesquisa com 5.482 alunos de escola pública de 5º a 8º série, foi constatado que mais de 40% dos alunos admitiram ter sofrido ou praticado bullyng. Dados entristecedores, não é mesmo, caro leitor? Cabe-nos então tentar descobrir a razão de tanto prazer em ridicularizar alguém? Por que isso ocorre?

Os fatores são inúmeros e vão desde conquistar o respeito da turma para poder ser admitido naquela “roda de amigos”, esconder o próprio medo provocando o medo nos outros, a se julgar inferiorizado e empreender frenética competição onde a violência física e moral irá lhe trazer a auto afirmação. Vou além, e digo que a prática de bullyng não se restringe apenas à escola e as crianças e adolescentes. Nossa sociedade pratica o bullyng a todos os momentos, rotulando pessoas, alimentando mesmo que veladamente o preconceito, criando padrões de beleza. Óbvio que há regras que devem ser respeitadas para o bem do convívio social, no entanto, não me refiro a elas, mas sim a maneira que muita gente se impõe para tentar ganhar o respeito do grupo social que faz parte. Se o homem é um pouco mais delicado logo o rotulam de homossexual, se não atende aos imperativos impostos pela sociedade é um fracassado, se não gosta de carro ou roupas de marca, um alienígena.

As piadas nesse particular merecem capítulo à parte, a pretexto de brincadeira e diversão o preconceito vai sendo popularizado e se entranhando no cotidiano das pessoas. Não raro fazem sucesso, divertindo uns a custa de outros, fazendo sofrer nessa malha negros, pobres, loiras, ricos, portugueses, mulheres, homossexuais... e vamos assim, sorrindo e ridicularizando ao mesmo tempo.

Até no cotidiano das empresas notamos a prática do bullyng, onde líderes que ocupam cargos de destaque em suas organizações lamentavelmente agem de forma que não condiz com a postura de um líder real. Muitas vezes constrangem seus liderados, impondo o medo, ameaçando e coagindo, criando um clima de insegurança a contribuir para que o ambiente profissional seja baseado em uma competição predatória, onde o mais forte engole o mais fraco.

Outro ponto a se abordar é: os comentários maldosos que são lançados sem piedade, acrescidos de gargalhadas por parte da platéia, que, muitas vezes assiste omissa ao espetáculo da depreciação do ser humano.

Em “Obras Póstumas”, no capítulo intitulado “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, Kardec tece alguns comentários que, se observados com atenção, traçarão uma nova forma de relacionamento entre os seres humanos, baseado no respeito e tolerância. Diz Kardec:

“A fraternidade, na rigorosa acepção da palavra, resume todos os deveres dos homens relativamente uns aos outros; ela significa: devotamento, abnegação, tolerância, benevolência, indulgência; é a caridade evangélica por excelência e a aplicação da máxima: "Agir para com os outros como gostaríamos que os outros agissem conosco." A contrapartida é o Egoísmo. A fraternidade diz: "Cada um por todos e todos por um." O egoísmo diz: "Cada um por si." Sendo essas duas qualidades a negação uma da outra, é tão impossível a um egoísta agir fraternalmente, para com os seus semelhantes, quanto o é para um avarento ser generoso, a um homem pequeno alcançar a altura de um homem grande. Ora, sendo o egoísmo a praga dominante da sociedade, enquanto ele reinar dominador, o reino da verdadeira fraternidade será impossível; cada um quererá da fraternidade em seu proveito, mas não a quererá para fazê-la em proveito dos outros; ou, se isso faz, será depois de estar seguro de que não perderá nada”.

Notável comentário! Como podemos perceber é o velho egoísmo humano que nos faz adentrar no tortuoso caminho do desrespeito ao semelhante. Mas há o remédio eficaz: a fraternidade.

Em uma sociedade ideal, a pratica do bullyng não pode existir, e os responsáveis por extinguir essa moléstia que causa dor, sofrimento, danos psicológicos e infinitos males a um sem número de pessoas, devem ser os pais; porque será observando, repreendendo e orientando o comportamento de seus filhos que irão educá-los a viver em um mundo onde o respeito reina soberano. Achar bonito e engraçado criança contando piadas que desmerecem determinadas pessoas, religiões, grupos sociais, é alimentar a popularização do bullyng, por isso, necessário atenção total para o comportamento do filho.

Crianças que aprendem no seio familiar valores como fraternidade e respeito ao próximo, certamente serão adultos conscientes, e que, saberão acima de tudo respeitar as diferenças; e respeitando as diferenças, não haverão constrangimentos, humilhações, ridicularizações que fazem a tristeza de muita gente.


Espiri-tista

sábado, 13 de setembro de 2008

Diretrizes de Segurança - Continuação

1 -Qual a finalidade da mediunidade na Terra?
Divaldo - A mediunidade é, antes de tudo, uma oportunidade de servir. Bênção de Deus, que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui, não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os débitos adquiridos nas encarnações anteriores. E graças à mediunidade que o homem tem a antevisão do seu futuro espiritual, e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à Erraticidade, trazendo-lhe informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que ele absorve do contato mantido com os desencarnados.Assim, a mediunidade tem uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza das suas responsabilidades de espírito imortal. Conforme afirmava o Apóstolo Paulo, se não houvesse a ressurreição do Cristo, para nos trazer a certeza da vida espiritual, de nada valeria a mensagem que Ele nos deu.
2 -Há mediunidades mais importantes que outras? E médiuns mais fortes que outros?
Raul - Verdadeiramente não pode haver mediunidades mais importantes que outras, nem médiuns mais fortes do que outros. Existem médiuns e mediunidades. Segundo Paulo de Tarso, existem os "dons" e ele se refere à visão, à audição, à cura, à palavra, ao ensino, mas disse que um só é o Senhor’. Eles provêm da mesma fonte. Os indivíduos que psicografam, que psicofonizam, que materializam, poderão todos realizar um trabalho apostolar, na realidade em que se encontram.Não é o número de possibilidades que dá importância ao médium. O que engrandece espiritualmente o médium é aquilo que ele faz com os dons que possua. Verificamos que a importância do médium se localiza na honra que tem de poder servir.Não existem médiuns mais fortes que outros, na Doutrina Espírita, mas, sim, os que são mais dedicados que outros, mais afervorados que outros, que estão renunciando à matéria e efetuando o esforço do auto-aprimoramento mais que outros. Isso ocorre. E é esse esforço para algo mais alto que confere ao médium, ou a outro servidor qualquer, melhores condições de estar à frente na lide. Mas isso não significa que o que venha na retaguarda não poderá alcançá-lo, realizando os mesmos esforços.Conversando, oportunamente, com um grupo de amigos, o nosso venerável Chico Xavier dizia para os companheiros que o questionavam que o dia em que não chora, não viveu. Depreendemos disso que quanto mais se alteia a mediunidade, colocando aquele que dela é portador numa posição de destaque, numa posição de claridade, naturalmente, os que não desejam a luz mais atirarão pedras à “lâmpada”, tentando quebrá-la, quando não desejam derrubar o “poste” que a sustenta.Daí, o médium mais importante ser aquele que mais disposto esteja para enfrentar essas Lutas em nome do Cristo, Médium de Deus por excelência, e o mais importante Senhor da mediunidade que conhecemos.Não caberá nenhum desânimo a nenhum de nós outros que ainda nos localizamos numa faixa singela de mediunidade, galgando os primeiros passos. Isto porque já ouvimos companheiros que gostariam de receber mensagens como o Chico recebe, desejariam receber obras daquele talante, desejariam ser médiuns da envergadura desse ou daquele companheiro que se projeta na sociedade, mas desconhecem a cota de sacrifícios diários, de lutas, de lágrimas, de renúncias a que eles têm de se predispor e se dispor. Por isso, em Espiritismo, não há médiuns superiores a outros, nem mediunidades mais importantes que outras; existem oportunidades para que todos nós tomemos a charrua da evolução sem olharmos para trás, crescendo sempre.
1 - Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, capítulo 12º, versículos 1 a 11
3 -Existe mediunidade inconsciente?
Divaldo - Sem dúvida. Kardec classificava os médiuns, genericamente, em dois tipos: seguros e inseguros. Dentro dessa classificação, os seguros são aqueles que filtram com fidelidade a mensagem, aqueles que são automáticos, sonambúlicos, inconscientes portanto, por meio dos quais o fenômeno ocorre dentro de um clima de profundidade, sem que a consciência atual tome conhecimento.Podem ser os médiuns conscientes, semiconscientes e inconscientes. Quanto às suas aptidões e qualidades morais, eles têm vasta classificação.
4 -Tem o médium inconsciente responsabilidade pelo que ocorra durante as comunicações?
Divaldo - O fenômeno é sonambúlico, mas a comunicação está relacionada com a conduta moral do médium. Este é sempre responsável pelas ocorrências, assim como em muitas obsessões, quando o indivíduo entra numa faixa de subjugação e perde a consciência, ele parece não ser responsável pelo que se passa; no entanto, o é por haver sintonizado com aquele espírito que o dominou temporariamente. Está no Evangelho de Jesus o assunto colocado de uma maneira brilhante pelo Mestre quando diz aos recém-liberados: “Vai e não tornes a pecar, para que te não aconteça algo pior”1. Porque o indivíduo que não se modifica permanece numa faixa vibratória negativa e sintoniza com as entidades mais inditosas, portanto, semelhantes.Colocando-nos no plano da mediunidade, a nossa vivência moral digna interdita o intercâmbio com as entidades frívolas.As entidades malévolas dificilmente se adentram na Casa Espírita que tem um padrão vibratório nobre, porque as defesas impedem que tais espíritos rompam as barreiras magnéticas. Mas, a pessoa que se adentra sem o perseguidor deverá reformar-se enquanto está no ambiente espiritual. O que ocorre então? Tal indivíduo, ao invés de acompanhar o doutrinador, de observar e meditar a respeito das lições que lhe são ministradas, por uma viciação mental continua com os mesmos clichês que trouxe lá de fora, ficando dentro do Centro, porém ligado aos espíritos com os quais se afina, mantendo vinculação hipnótica, telepática.Há pessoas que não conseguem orar, e, quando vão orar, ocorrem-lhes pensamentos de teor vibratório muito baixo. Na hora da prece são assistidas essas pessoas por lembranças de coisas desagradáveis vulgares, sensuais, e não sabem compreender como isso lhes sucede. É resultado de hábito mental.Se nós, a vida inteira, jogamos para o inconsciente idéias depressivas, vulgaridades, criamos ideoplastias perniciosas. A nossa memória anterior ou subconsciente fica encharcada daquelas fixações. Na hora em que vamos exercitar um pensamento ao qual não estamos habituados, é lógico que, primeiro, aflorem os que são freqüentes. Ilustraremos melhor:Imaginemos aqui um vaso comunicante em forma de letra “U” De repente vamos orar ou sintonizar com os espíritos nobres. Pelo superconsciente vem a idéia passa pelo consciente e desce ao inconsciente. Ao passar por ali recebe o enxerto das idéias arquivadas e chega novamente à razão, influenciada pela mescla do que está em depósito. Se pegamos um vaso que está com fuligem, com poeira e colocamos água limpa, ela entra cristalina, porém sai suja, até que, se perseverarmos e continuarmos colocando água limpa, ela irá assear aquele depósito e sairá, por fim, como entrou. É necessário, então, porfiar na idéia, insistir nos planos positivos, permanecer nos pensamentos superiores.Somos sempre responsáveis por quaisquer comunicações, desde que somos o fator que atrai a entidade que se vai apresentar, graças às nossas vibrações e conduta intelecto-moral.
1 Jesus, Jó, capítulo 5º, versículo 14
5 -De que dispõe o médium psicofônico consciente para distinguir seu pensamento do pensamento da entidade comunicante?
Divaldo - O médium consciente dispõe do bom senso. Eis porque, antes de exercitar a mediunidade deve estudá-la; antes de entregar-se ao ministério da vivência mediúnica é-lhe lícito entender o próprio mecanismo do fenômeno mediúnico. Allan Kardec, aliás, sábio por excelência, teve a inspiração ditosa de primeiro oferecer à Humanidade O Livro dos Espíritos, que é um tratado de filosofia moral. Logo depois, O Livro dos Médiuns, que é um compêndio de metodologia do exercício da faculdade mediúnica. Há de ver-se, no capítulo 3º, que é dedicado ao método, sobre a necessidade de o indivíduo conhecer a função que vai disciplinar. Então o médium tem conhecimento de suas próprias aptidões e de sua capacidade de exercitá-las. Na mediunidade consciente ou lúcida o fenômeno é, a princípio, “inspirativo”.Naturalmente os espíritos se utilizam do nível cultural do médium, o mesmo ocorrendo nas demais expressões mediúnicas: na semiconsciente e na inconsciente ou sonambúlica. O médium, no começo, terá que vencer o constrangimento da dúvida, em cujo período ele não tem maior certeza se a ocorrência parte do seu inconsciente, dos arquivos da memória anterior, ou se provém da indução de natureza extrínseca. Através do exercício, ele adquirirá um conhecimento de tal maneira equilibrado que poderá identificar quando se trata de si próprio - animismo ou de interferência espiritual - mediunismo. Através da lei dos fluidos, pelas sensações que o médium registra, durante a influência que o envolve, passa a identificar qual a entidade que dele se acerca. A partir daí, se oferece numa entrega tranqüila, e o espírito que o conduz inspira-o além da sua própria capacidade dando leveza às suas idéias habituais, oferecendo-lhe a possibilidade de síntese que não lhe é comum, canalizando idéias às quais não está acostumado e que ocorrem somente naquele instante da concentração mediúnica. Só o tempo, porém, pelo exercício continuado, oferecerá a lucidez, a segurança para discernir quando se trata de informação dos seus próprios arquivos ou da interferência dos Bons Espíritos.
6 -Pode o médium, em algumas comunicações, não conseguir evitar, totalmente, as atitudes desequilibradas dos espíritos comunicantes?
Divaldo - À medida que o médium educa a força nervosa, logra diminuir o impacto do desequilíbrio do comunicante. É compreensível que, em se comunicando um suicida, não venhamos a esperar harmonia por parte da entidade em sofrimento; alguém que foi vítima de uma tragédia sendo arrebatado do corpo sem o preparo para a vida espiritual apresentará no médium o estertor do momento final, na própria comunicação, algumas convulsões em virtude do quadro emocional em que o espírito se encontra.Há, porém, certos cacoetes e viciações que nos cumpre disciplinar. Há médiuns que só incorporam (termo incorreto), isto é, somente dão comunicação psicofônica, se bocejarem bastante. Para dar um toque de humor: quando eu comecei a freqüentar a Casa Espírita, na minha terra natal, a primeira parte era um Deus-nos-acuda! Porque as pessoas bocejavam e choravam, demasiadamente. Eu, como era médium principiante, cria que também deveria bocejar de quebrar o queixo. A “médium principal”, que era uma senhora muito católica, iniciava as comunicações sempre depois de intermináveis bocejos e tosses que a levavam às lágrimas. Hoje não bocejo, nem no meu estado normal. Quando eles vêm eu cerro os dentes e os evito.É lógico que uma entidade sofredora nos impregna de energia perniciosa, advindo o desejo de exteriorizar pelo bocejo. É uma forma de eliminar toxinas. Mas nós podemos eliminá-las pela sudorese, por outros processos orgânicos, não necessariamente o bocejo. Há outros médiuns que têm a dependência, de todas as vezes em que vão comunicar-se os espíritos, bater na mesa ou bater os pés, porque se não baterem não se comunicam. Lembro de uma vez em que tivemos uma mesa redonda. Ô presidente da mesa era um homem muito bom, muito evangelizado, mas não havia entendido bem a Doutrina, tendo idéias doutrinárias muito pessoais. Ele me perguntou quando é que o espírito incorpora no médium. Mas logo respondeu: “A gente chupa... chupa... até engolir! Não é verdade ?“. São cacoetes, destituídos de sentido e lógica.Os médiuns têm o dever de coibir o excesso de. distúrbios da entidade comunicante.Na minha terra, vi senhoras que se jogavam no chão, e vinham os cavalheiros prestimosos ajudá-las... Graças a Deus eram todas magrinhas...O médium deve controlar o espírito que se comunica, para que este lhe respeite a instrumentalidade, mesmo porque o espírito não entra no médium.A comunicação é sempre através do perispírito, que vai oferecer campo ao desencarnado. Todavia, a diretriz é do encarnado.
7 -Quais são os requisitos necessários aos médiuns que militam na tarefa mediúnica?
Raul - Percebendo que a mediunidade é uma faculdade mental, ela independe de o indivíduo ser nobre ou devasso. Sendo a mediunidade essa luz do espírito que se projeta através da carne, admitiremos também poder encontrá-la representando a treva do espírito que escorre através do soma. E exatamente por isso, percebemos que o médium deverá ajustar-se, quando deseje servir com o Cristo. Atrelado às forças do bem, ajustar-se ao esforço de vivenciar as lições evangélicas, renovando, gradativamente, os panoramas da própria existência, domando as inclinações infelizes, inferiores, elevando o padrão mental para que sua mentalização se dirija para o sentido nobre, fazendo-o cada vez mais vibrátil nas mãos das Entidades Felizes.Logo, os requisitos para o exercício da mediunidade no enfoque espírita serão o exercício da humildade, da humildade que não se converte em subserviência, mas que é a atitude de reconhecimento da grandeza da vida em face da nossa pequenez pessoal; o espírito de estudo, de apercebimento continuado das leis que nos regem, que nos governam. O médium espírita deverá estar sempre voltado para aumentar o seu patrimônio de conhecimento das coisas, dando-nos conta de que o Espírito da Verdade nos disse ser necessário o amor que assiste, que guarda, que renuncia, que serve, e, ao mesmo tempo, a instrução que de maneira alguma representará apenas o diploma acadêmico, mas que é esse engrandecimento do caráter, da inteligência, esse amadurecimento que, muitas vezes, o diploma não confere. Exatamente aí o médium deverá ater-se ao estudo, ao trabalho, à abnegação ao semelhante é nesse esforço estará logrando também subir a ladeira para conquistar a humildade.Numa colocação feita pelo espírito Albino Teixeira, através de Chico Xavier, no livro Paz e Renovação1, diz ele que o melhor médium para o mundo espiritual não é o que seja portador de múltiplas faculdades, mas é aquele que esteja sempre disposto a aprender e sempre pronto a servir.
1 XAVIER, F. C. Paz e renovação, diversos espíritos, capítulo 34, 4ª edição, CEC, Uberaba-MG, 1979.
8 -O médium é responsável por toda e qualquer comunicação mediúnica?
Divaldo - Deve sê-lo, porque não é um autômato. Quaisquer comunicações que lhe ocorram são através do seu psicossoma ou perispírito. A conduta do médium é de sua responsabilidade e, graças a essa conduta, ele responde pela aplicação de suas forças mediúnicas.É muito comum a pessoa assumir comportamentos contrários ao bom-tom e depois dizer que foram as entidades perniciosas que agiram dessa forma. Isso é uma evasão da responsabilidade, porque os espíritos somente atuam pelo médium, nele encontrando receptividade para as suas induções. É importante saber que o médium é responsável pela manifestação que ocorra através dele. Para que se torne um médium seguro, um instrumento confiável, é necessário que evolua moral e intelectualmente, na razão em que exercita a faculdade.Gostaria de dar uma informação que nos transmitem os Amigos Espirituais: referem-se à seriedade com que as entidades que aqui trabalham estão encarando este encontro’. Um dos fatores mais importantes para a divulgação da Doutrina Espírita, além do estudo sério, é a mediunidade na vivência, no comportamento dos médiuns. Porque os neófitos atraídos para a Doutrina vêm, invariavelmente, ansiosos pelos fenômenos e por soluções para problemas que eles não querem eqüacionar. A invigilãncia de alguns aprendizes do Espiritismo, trabalhando na mediunidade, responde pela deserção dos inseguros, pelos desequilíbrios na comunidade mediúnica. Esses Mentores estão empenhados em nós ajudar para o bom discernimento das nossas realizações.Registro, outrossim, a presença de vários desses amigos que prosseguem colaborando, vivamente empenhados no trabalho de educação e de iluminação das almas. Eles hoje aqui capitaneados pelo espírito Dr. Camilo Chaves, que também convidou um número muito grande de antigos colaboradores da Doutrina Espírita nesta Cidade, tais como Pascoal Comanducci, Henriot, Bady Elias Guri, Dolores Abreu, professor Cícero Pereira, Virgílio Almeida, Célia Xavier, Schembri e outros trabalhadores afeiçoados ao bem, que se encontram empenhados em promover o Consolador em nossas vidas para que as mesmas sigam, por acréscimo de misericórdia, na direção de Jesus.
1 Referência ao Simpósio sobre Mediunidade realizado pela Aliança Municipal Espírita de Belo Horizonte - MG e pela Associação Espírita Célia Xavier, da mesma cidade, nos dias 16 e 17 de junho de 1984, com a participação de Divaldo Franco e Raul Teixeira.
9 -Há médium inconsciente que, após a manifestação do espírito, não se recorda do que o comunicante disse ou fez por seu intermédio?
Divaldo - Sim. Há e ocorre com uma boa parcela dos sensitivos. À medida que a faculdade se torna maleável, que os filtros se fazem mais fiéis, o médium não se recorda através da consciência plena, mas ele sabe algo, porque todo fenômeno mediúnico dá mediante uma co-participação do espírito encarnado.
10 -Essa co-participação seria um controle remoto do subconsciente?
Divaldo - Exatamente. O espírito encarnado é quem côa a mensagem da entidade desencarnada. Então, ao mesmo tempo, exerce a fiscalização, o controle, e coíbe, quando devidamente educado, quaisquer abusos, preservando o instrumento de sua reencarnação, que é o corpo.
11 -Quer dizer que, no fundo, é sempre o médium o responsável, mesmo que tenha faculdade inconsciente, por aquilo que vem através dele?
Divaldo - Daí dizer-se que em todo fenômeno mediúnico há um efeito anímico, assim como em todo fenômeno anímico há uma expressão mediúnica. Por melhor que seja o pianista, o som é sempre do piano.
12 -O que deve fazer o médium quando influenciado por entidades da reunião, no trabalho, no lar? Quais as causas dessas influências?
Divaldo - No capítulo 23º de O Livro dos Médiuns, Da Obsessão, o Codificador reporta-se à invigilãncia das criaturas. É natural que o indivíduo seja médium onde quer que se encontre. A mediunidade não é uma faculdade que só funcione nas reuniões especializadas. Onde quer que se encontre o indivíduo, aí estão os seus problemas. É perfeitamente compreensível que não apenas na oficina de trabalho, como na rua, na vida social, ele experimente a presença dos espíritos; não somente presenças positivas, como também perniciosas, entidades infelizes, espíritos levianos, ou aqueles que se comprazem em perturbar e aturdir. Cumpre ao médium manter o equilíbrio que lhe é proposto pela educação mediúnica. Mediante a educação mediúnica pode-se evitar a interferência desses espíritos perturbadores em nossa vida de relação normal, para que não venhamos a cair na obsessão simples, que é o primeiro passo para a subjugação - etapa terminal de um processo de três fases.Quando estivermos em lugar não apropriado ao exercício da mediunidade ou à exteriorização do fenômeno, disciplinemo-nos, oremos, volvamos a nossa mente para idéias otimistas, agradáveis, porque mudando o nosso clichê mental, transferimo-nos de atividade espiritual.É necessário que os médiuns estejam vigilantes, porque é muito comum, graças àquele atavismo a que já nos reportamos, a pessoa se caracterizar como médium por meio de pantomimas, de manifestações exteriores. Como querendo provar ser médium, a pessoa insensata faz caretas, toma choques, caracterizando-se com patologias nervosas. A mediunidade não tem nada a ver com essas extravagâncias muito ao gosto dos exibicionistas.Como acontece com pessoas que, quando escrevem com a mão, também escrevem com a boca, retorcendo-se, virando-se. Não tem nada a ver uma coisa com outra. A pessoa para escrever assume uma postura correta, que aprendeu na escola.O médium deve aprender também a incorporas sem esses transtornos nervosos. No exercício da mediunidade é preciso educar a postura do médium, para que ele seja intermediário equilibrado, não dando ensejo a distonias na área mediúnica.
13 -É possível ao médium distinguir as alterações psíquicas e orgânicas que lhe são próprias das que estão procedendo dos espíritos desencarnados?
Divaldo - Um dos comportamentos iniciais do médium deve ser o de estudar-se. Daí ser necessário estudar a mediunidade. Eu, por exemplo, quando comecei o exercício da mediunidade, ia a uma festa e assimilava de tal forma o psiquismo do ambiente, que me tornava a pessoa mais contente dali. Se ia a um casamento eu ficava mais feliz que o noivo. Se ia a um enterro ficava mais choroso que a viúva, porque me contaminava psiquicamente, e ficava muito difícil saber como era a minha personalidade. Pois, de acordo com o local, havia como que um mimetismo, isto é, eu assimilava o efeito do ambiente.Lentamente, estudando a minha personalidade, as minhas dificuldades e comportamentos, logrei traçar o meu perfil pessoal, e estabelecer uma conduta medial para que aqueles que vivem comigo saibam como eu sou, e daí possam avaliar os meus estados mediúnicos.De início, o médium terá algumas dificuldades, porque o fenômeno produz uma interposição de personalidades estranhas a sua própria personalidade. Somando-se velhas dificuldades à sensibilidade mediúnica, o sensitivo passa a ter muito aguçadas as reminiscências das vidas pretéritas, não o caráter da consciência, mas o somatório das experiências.Recordo-me que, em determinada época da minha vida, terminada uma palestra ou reunião mediúnica, eu tinha uma necessidade imperiosa de caminhar. Caminhar até a exaustão física. Naquele período claro-escuro da mediunidade, sem saber exatamente como encontrar a paz, os espíritos me receitaram trabalho físico, para que, cansado, fosse obrigado ao repouso físico, porque tinha dificuldades de dormir. A vida física era-me muito ativa e, mesmo quando o corpo caía no colapso, a mente continuava excitada, e eu me levantava no dia seguinte pior do que havia deitado. Então, às vezes, eu preferia não deitar.Com o tempo fui formando meu perfil de comportamento, de personalidade, aprendendo a assumir a responsabilidade dos insucessos e a transferir para os Mentores os resultados das ações positivas que são sempre de Deus, enquanto os erros são sempre nossos. Estaremos sempre em sintonia com espíritos de comportamento idêntico ao nosso. Daí, o médium vai medindo as suas reações, suas mágoas, ciúmes, invejas, e irá identificando as reações positivas, a beleza, o desejo de servir. Por fim, aprende a selecionar quando é ele e quando são os espíritos que estão agindo por seu intermédio.
14 -O que determinará a qualidade dos espíritos que, pela lei das afinidades, serão impelidos a se afinarem conosco nas práticas mediúnicas?
Raul - Compreendemos que todos nós renascemos com determinadas tarefas a realizar, e para esse entendimento, há aqueles que renascem com a tarefa da mediunidade. O chamamento da mediunidade na hora correta mostra aquele que porta o compromisso ajustado. Normalmente, as entidades que deverão trabalhar, que deverão atuar no campo mediúnico, dirigindo as lides entre os companheiros da Terra, já vêm ajustadas desde os seus contatos no mundo espiritual. Elas se posicionam como verdadeiros guardiães para que, em momento oportuno, o indivíduo se apresente diante do chamado.Há outros espíritos que estão associados a essa programática reencarnatória e que se afinam com o encarnado fora do labor da mediunidade; e, à semelhança de alguém que se transfira de uma casa para outra, de um bairro para outro, vai surgindo a vizinhança nova e vão mostrando os espíritos que se unem por afinidades, por sintonia de gosto com aqueles que são os médiuns.O médium, desejoso que a sua vizinhança espiritual seja do melhor naipe, deverá preparar-se para ser também de bom teor a sua vida. Como nos ensina Emmanuel, deverá ligar-se aos que estão na faixa do Cristo1. E, mesmo quando se manifestem entidades enfermas, o médium estará servindo à enfermagem espiritual, da mesma forma que um enfermeiro num hospital da comunidade, embora atenda a diversos doentes, a vários pacientes de múltiplas características, nem por isso assimilará as mazelas do doente. Um médico que trabalhe com doenças contagiosas, nem por isso contrairá as moléstias das quais trata. Então, esses médiuns que estão laborando com os diversificados tipos espirituais procurarão ajustar-se aos Espíritos Benfeitores, unir-se pela vivência, pela prática do amor e da caridade, em suas várias dimensões.Entendemos, com a Doutrina Espírita, que para nos ajustarmos aos Espíritos Nobres será necessário enquadrar nossa romagem, pensamentos e hábitos ao bem e ao trabalho da caridade.
1. XAVIER, F.C. Seara dos médiuns, Emmanuel, capítulo 38, 2ª edição, FEB, Rio de Janeiro - RJ, 1973.
15 -Que utilidade tem a mediunidade de vidência?
Divaldo - A utilidade é a de desvelar os painéis do mundo espiritual, sabendo observá-los, e, melhor ainda, mantendo discrição no traduzi-los, para não a transformar num informativo de leviandades.
16 -Qual a colaboração que um médium vidente pode dar no transcurso de uma sessão mediúnica?
Divaldo - Fazendo observações, anotando pontos capitais e colaborando com o médium doutrinador, para que ele esteja informado da qualidade dos espíritos que ali se comunicam.
17 -É sempre segura e permanente essa faculdade?
Divaldo - Como toda faculdade mediúnica, ela é transitória e oscilante, dependendo muito do estado moral do médium.
18 -Por que dois médiuns enxergam, ao mesmo tempo, quadros diferentes?
Divaldo - Porque as percepções visuais são em faixas vibratórias, que oscilam de acordo com o grau de adiantamento do espírito do médium.Um registra uma faixa, na qual se manifestam os espíritos, e outro registra um tipo de faixa diversa.Ocorre, também, que a maioria dos médiuns videntes é clarividente, e, nesse caso, a imaginação, quando indisciplinada, elabora construções e imagens que ele não sabe traduzir, perturbando-se com aquilo que capta.
19 -Podem, simultaneamente dois médiuns, em se referindo a mesma entidade, fazer descrições diferentes e serem verídicas, ambas?
Divaldo - Seria o mesmo que duas pessoas de graus de cultura diversos descrevendo uma tela. Cada uma informará os detalhes que lhe chamem a atenção, com as possibilidades da sua capacidade descritiva. Mas o conjunto geral será o mesmo.
20 -Deverá ser?
Divaldo - Deve ser.

Francisco Rebouças.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

ARTIGOS - ESPIRI-TISTA

Caros amigos, é com muito prazer e alegria que estamos anunciando a participação doravante aqui no "Espíri-tista" de mais este conceituado articulista do movimento espírita. Trata-se de Wellington Balbo que faz sua estréia em nosso Blog, com o artigo que segue. Que ele seja muito bem vindo!
Kardec e a boa educação.

Em um programa de televisão assisti entrevista que um jurista concedeu. Afirmou o conhecedor da lei que os constantes acidentes nas estradas brasileiras que causam cerca de 100 vítimas fatais todos os dias, acarretando um prejuízo de 22 bilhões aos cofres públicos por ano, tem como agente causador a deseducação do cidadão brasileiro no trânsito. Estou de acordo, aliás, creio que todos estamos.

E ainda brincando com os canais da televisão, encontrei no mesmo dia entrevista com dois educadores que afirmavam a necessidade de se investir substancialmente na educação para o desenvolvimento econômico de nosso país. Concordo, creio que o leitor amigo também.

E ainda na televisão, em outro programa de entrevistas, assisti o ator, autor e diretor Juca de Oliveira pedir uma educação ética mais rigorosa por parte de pais, educadores e formadores de opinião.

O jurista se referia a educação no trânsito, os educadores se referiam a educação provinda dos livros e o ator discursava sobre uma educação rigorosa nos padrões de moralidade.

Dentro dessas três entrevistas encaixamos Kardec, o notável pedagogo francês, que no século XIX mostrava a necessidade de uma educação mais abrangente, que prepara o ser humano para atuar de forma ética em toda a sociedade. Uma educação poderosa, que causa uma revolução nos costumes, porque desperta o cidadão para uma visão abrangente da vida, demonstrando que, suas atitudes ecoam pelo universo. Em O Livro dos Espíritos, no Cap. Lei do Trabalho, Kardec faz comentário esclarecedor: (...) Há um elemento que não se costuma considerar, sem o qual a ciência econômica torna-se apenas uma teoria: é a educação. Não a educação intelectual, mas a educação moral; não ainda a educação moral pelos livros, mas a que consiste na arte de formar o caráter, que dá os hábitos: porque educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. Quando se pensa na massa de indivíduos lançados a cada dia na torrente da população, sem princípios nem freios e entregues aos próprios instintos, devem causar espanto as conseqüências desastrosas que resultam disso? Quando essa arte for conhecida e praticada, o homem trará hábitos de ordem e de previdência para si e para os seus, de respeito pelo que é respeitável, hábitos que lhe permitirão atravessar menos angustiado os maus dias inevitáveis. A desordem e a imprevidência são duas chagas que uma educação bem conduzida pode curar; aí está o ponto de partida, o elemento real do bem-estar, a garantia da segurança de todos (...)

Como prova da atualidade do comentário de Kardec podemos recorrer aos livros de história que escrevem em suas páginas afirmando que, muitos dos preconceitos que nos impedem inclusive de grandes vôos no cenário econômico, são frutos de um passado de desatenção quanto aos valores da educação moral. Muitas penitenciárias construídas demonstram que, as noções básicas de moral e ética ou não foram transmitidas, ou foram deturpadas. Obviamente que há indivíduos refratários a qualquer tipo de instrução, contudo, também é verdade que muitos são aqueles que se desvirtuam do caminho do bem e da verdade porque lhes faltaram noções elementares de respeito ao próximo.

Se levamos nossos filhos à escola para que adquiram noções básicas de determinadas matérias, deveríamos também iniciá-los nas questões concernentes a educação ética e moral.

Muitos dos crimes que presenciamos hoje na sociedade devem-se a forma permissiva com que lidamos com alguns deslizes morais. Acobertamos a mentira, a corrupção, pregamos a irresponsabilidade e depois nos desesperamos com as conseqüências. Grande parte desses acidentes de trânsito que ceifam vidas e acarretam enormes prejuízos ao país, são filhos da negligência com que tratamos as questões envolvendo as bebidas alcoólicas. Há postos de gasolina nas margens das rodovias que comercializam bebidas alcoólicas. Um trio quase que imbatível para a morte: venda de bebidas, estradas e direção. O brasileiro, infelizmente se encaixa no padrão do motorista que bebe e dirige. O que vem a ser isso senão total deseducação.
Outro caso significativo foi de jovem escritor, habilidoso com as palavras, tinha facilidades para construção de frases, contudo, um desastre na distribuição de idéias. Pregava a liberdade, mas de forma deturpada, dizia que admirava aqueles que cometiam o suicídio porque os considerava livres, senhores de si mesmos. Em sua opinião o suicídio era um grito de liberdade, um ato de rebeldia para com uma sociedade injusta. O lamentável é que esse escritor distribuía seus textos em prol do suicídio pela internet, o que bem sabemos, pela sua velocidade alcança criaturas em diversos rincões do mundo em tempo recorde. Imagino o prejuízo que textos desse nível podem causar quando encontram corações combalidos e mentes dispostas ao auto extermínio. Tivesse esse jovem uma educação sedimentada nas bases que Kardec propõe e jamais utilizaria seu talento em favor de idéias macabras.

Por isso podemos afirmar que todos os problemas que envolvem nosso mundo têm sua origem na deseducação das pessoas. Os acidentes, a fome, violência, analfabetismo, injustiças, são conseqüências de um mundo onde a educação ainda engatinha. Dia desses, vi estampado em mensagem seguinte frase: “Minha educação depende da sua”. Lamentavelmente é uma prova cabal de que não somos senhores de nossos atos, ou seja, se você me trata bem retribuo o tratamento, se me trata mal também retribuo seus “carinhos”. Frase típica de pessoas mal educadas. Ideal que funcionasse da seguinte forma: “Minha educação jamais depende da sua”. Sou senhor de meus atos, e nada do que você faça irá tirar a serenidade com que lido com as situações, mesmo as mais complexas. Prova de educação e equilíbrio.

Por isso, fundamental que nos atentemos para a importância de nos educarmos moralmente, de modo que, acidentes, fome, violência, intolerância e tantas barbaridades que grassam no mundo não encontrem eco em nossa maneira de proceder perante a vida.
Pensemos nisso.


Espiri-tista

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Espíritos Diversos e suas lindas mensagens!

"Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atender ás determinações do auxílio mútuo" - Bezerra de Menezes"
"Se é certo que o sentimento sem fiscalização do raciocínio pode conduzir ao absurdo, o raciocínio sem o sentimento pode conduzir a absurdo mais lamentável" - Emmanuel"
"A aquisição das mais elevadas qualidades terrenas é o legítimo acesso aos dons celestiais" - André Luis"
"O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre o castigo do tempo" - André Luis
"Aos grandes homens do mundo podemos admirar,mas somente a JESUS devemos acompanhar" - Casimiro Cunha"
Somente na adversidade e nos perigos pode o espirito dar testemunho de sua edificação definitiva" - Nina
"Não desesperes,nas trevas da noite,ainda mesmo quando o frio da adversidade te fira o coração" - Emmanuel
"O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas, Por isso, o Mestre chamou amigo aos aprendizes da hora primeira" - Emmanuel"
Os que hoje nos odeiam e nos perseguem poderão ser convertidos ao bem com o amor desvelado e compassivo" - Néio Lúcio
"Há dores íntimas, ocultas ao público,que são aguilhões salvadores para a existência inteira" - Emmanuel
"Tudo na vida é propriedade do todo Poderoso. De nós mesmos, apenas dispomos da própria alma que nos compete aprimorar para a vida eterna" - Emmanuel
"No santuário da praça, o Mestre nos fala à inteligência, mas no altar doméstico, o Senhor nos fala ao coração" - Emmanuel
"Ter amizade é ter coração que ama e esclarece,que compreende e perdoa nas horas mais amargas da vida" - Emmanuel
"Estendamos os recursos da amizade leal onde a discórdia tenta consolidar o escuro domínio que lhe é próprio" - Meimei
"A vida continua e com a vida o amor cresce, cada vez mais, fortalecendo os laços que nos santificam as esperanças" - Gofredo
"A mais santa qualidade do AMOR é a de saber esperar sem desesperar" - Isabel Cintra
"Cada coração é arquiteto da felicidade ou da infelicidade que vive a sentir. Devemos criar flores onde as pedras se amontoam" - Meimei
Espiri-tista

ESTUDO SOBRE MEDIUNIDADE

Prezados amigos, estaremos iniciando o estudo do livro DIRETRIZES DE SEGURANÇA, de Divaldo Pereira Franco e José Raul Teixeira, para nosso melhor entendimento sobre os diversos temas abordados na obra. (parte Inicial).
DIRETRIZES DE SEGURANÇA

O homem moderno vive massificado por expressiva soma de informações que não consegue digerir emocionalmente.
Têm preferência as notícias que o agridem, atingindo-lhe o sentimento e perturbando-lhe a razão, graças à violência em alucinação e ao sexo em desgoverno, exibindo os mitos do prazer e do triunfo; como se a criatura fosse apenas um ser fisiológico, dirigido pela sensação.
Esmaecem a cultura e a ética no universo da atualidade comportamental, enquanto o despautério propõe modelos psicológicos alienados que passam a conduzir a mole que os alimenta e os atende com paixão.
As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando-os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.
As doutrinas religiosas, esquecidas do homem e preocupadas com os grupos, associam Dionísio e Paulo, Cristo e Baco, realizando banquetes em favor dos seus deuses, enquanto os atiram às masmorras dos vícios e das degradações.
As conquistas científicas beneficiam as elites, enquanto o indivíduo, esquecido, encharca-se de rebeldia, contaminado pela desesperação que campeia.
Há também, inegavelmente, homens que são extraordinários exemplos de amor e de abnegação, como Instituições de beneficência e dignificação humana, de solidariedade e de progresso, quais florações de bênçãos nas terras áridas dos sentimentos individuais e coletivos.
Assim considerando, saudamos, neste pequeno livro, o esforço conjugado de dois obreiros do Cristo, interessados em esclarecer os companheiros da marcha evolutiva, em torno da vida e da sua finalidade, dos fenômenos existenciais e da morte física, da paranormalidade e da sobrevivência do Espírito, da obsessão e do serviço ao bem, nos encontros fraternos de estudos espíritas, nos quais foram sabatinados pelo desejo honesto e saudável, por parte dos seus interrogadores, ansiosos por aprenderem mais.
Não são conceitos novos, nem trazem nada de original, porqüanto a Doutrina Espírita os explicita com admirável claridade, mas constituem uma contribuição louvável e prática para quem deseja uma vida pautada nas diretrizes da sadia moral e do bom tom.
Esperamos que estas páginas logrem oferecer segurança comportamental e discernimento mental a todos aqueles que, desconhecendo os temas abordados ou tendo deles uma informação apenas superficial, resolvam-se por meditá-los, incorporando-os ao seu cotidiano.
Exorando ao Senhor que a todos nos abençoe, formulamos votos de paz e plenitude para os nossos caros leitores.

Joanna de Ângelis

Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 30/8/1989, na sessão mediúnica do Centro Espírita “Caminho da Redenção”, em Salvador-Bahia.

SEGURA DIRETRIZ


Meditando sobre as páginas fulgurantes da Boa Nova, identificaremos o questionamento, a pergunta, como elemento de capital importância, no relacionamento do Divino Amigo com os diversos indivíduos que O rodeavam, nos instantes mais variados dos caminhos.
“Senhor, que farei para conseguir a vida eterna?”’, perguntou-Lhe o intérprete da lei, desejando obter a preciosa orientação.
“Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?” 2, indagaram os Discípulos, que com Ele desciam do Tabor, após expressiva demonstração da imortalidade gloriosa.
“Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?” 3, interrogou Legião, identificando a autoridade do Bem sobre a ilusão maléfica e perturbadora.
Essas e muitas outras questões foram respondidas pelo Mestre, buscando atender cada qual, de acordo com a necessidade e o entendimento dos questionadores.
Entretanto, Jesus, por Sua vez, indagou aos que O cercavam, procurando fazê-los meditar, considerando-se que Ele sabia o que lhes ia nas almas, nos pensamentos, na condição de Celeste Zagal do rebanho humano:
“Quem dizem os homens que eu Sou?” 4. E fez ressaltar, junto aos Discípulos, a crença popular no fenômeno da reencarnação.
“Mas, se falei bem, por que me feres?” 5. Deu ocasião, assim, para que a exibição vaidosa e a cobardia fossem denunciadas e abatidas pela coragem e grandeza de espírito.
“Que queres que eu te faça?” 6. E ensinou a importância de que tenhamos superiores e claros objetivos, em nossa fé, quando nos dirijamos às Supremas Fontes da Vida.
Perguntas, profundas ou simples, compuseram a pauta de formidáveis ocasiões de aprendizado feliz, ao longo de todo o Evangelho de Jesus Cristo.
Desse modo, quando, no Movimento Espírita, vemos os irmãos das lides terrenas se encontrarem para o estudo e, dentro dele, dedicarem algum tempo para dissiparem dúvidas, de modo honesto e salutar, vibramos com a possibilidade de que tais questões e suas respectivas respostas, apareçam documentadas para a elucidação de muitos, em torno de diversos pontos da doutrina veneranda do Espiritismo.
Louvamos ao Senhor, frente a esse pequeno trabalho, que, com certeza, se não representa novidade no contexto espírita, será segura diretriz, para tantos que anseiam por entender melhor ou ampliar reflexões e conhecimentos sobre a prática espiritista.
Certo da bênção do Excelente Mestre para este singelo livro, anelamos por prosseguir estudando e avançando a serviço da Seara do Bem, na qual nos encontramos engajados, pela misericórdia de nosso Pai.

Camilo

Página psicografada pelo médium.Raul Teixeira, em 04/9/1989, na sessão mediúnica da Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ. - Notas do médium

1 - Lucas, 10:25
2 - Marcos, capítulo 9º, versículo 11
3 - Marcos, capítulo 5º, versículo 7
4 - Marcos, capítulo 8º, versículo 27
5 - João, capítulo 18º, versículo 23
6 - Marcos, capítulo 10º, versículo 51

Espiri-tista

sábado, 6 de setembro de 2008

Jesus viu muito à frente!

Ainda hoje, muitos dos nossos irmãos cristãos de variadas correntes religiosas na Terra, vivem a discutir as palavras de Jesus quando nos afirmou: “Não vim trazer a paz, mas, a divisão.”

Não conseguem entender o porquê dessa atitude do Mestre de Nazaré, quando sua missão, é em todas as épocas, de paz e amor, visto que, não dispõem da bênção das claras explicações que temos na doutrina espírita que graças a Deus já abraçamos, para entender a verdadeira fé sob a ótica da razão.

Foi a partir do lançamento de O Livro dos Espíritos em 1857, que as passagens de Jesus narrada nos evangelhos puderam ter uma assimilação muito mais fácil e de forma bem mais ampliada, para que finalmente pudéssemos compreender suas sábias intenções em tudo que nos ensinou e exemplificou enquanto esteve por aqui.

A Doutrina Espírita embora ainda muito combatida e desrespeitada por muitos desses irmãos ditos “cristãos”, nos assevera que para se alcançar os objetivos da mensagem consoladora do evangelho na nossa sociedade, precisamos seguir firmes e destemidos, na certeza de que o discípulo de Jesus encontrará NELE e em seus prepostos a sustentação necessária para fincar a bandeira da paz, da fé e da caridade nos horizontes turvos dos dias que vivenciamos na atualidade.

Em o Evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos estas sábias orientações dos Nobres Emissários Celestes, que abaixo transcrevemos.

“O Espiritismo vem realizar, na época prevista, as promessas do Cristo. Entretanto, não o pode fazer sem destruir os abusos. Como Jesus, ele topa com o orgulho, o egoísmo, a ambição, a cupidez, o fanatismo cego, os quais, levados às suas últimas trincheiras, tentam barrar-lhe o caminho e lhe suscitam entraves e perseguições.

Também ele, portanto, tem de combater; mas, o tempo das lutas e das perseguições sanguinolentas passou; são todas de ordem moral as que terá de sofrer e próximo lhes está o termo. As primeiras duraram séculos; estas durarão apenas alguns anos, porque a luz, em vez de partir de um único foco, irrompe de todos os pontos do Globo e abrirá mais de pronto os olhos aos cegos”.

“Essas palavras de Jesus devem, pois, entender-se com referência às cóleras que a sua doutrina provocaria, aos conflitos momentâneos a que ia dar causa, às lutas que teria de sustentar antes de se firmar, como aconteceu aos hebreus antes de entrarem na Terra Prometida, e não como decorrentes de um desígnio premeditado de sua parte de semear a desordem e a confusão. O mal viria dos homens e não dele, que era como o médico que se apresenta para curar, mas cujos remédios provocam uma crise salutar, atacando os maus humores do doente”. ¹

Portanto queridos irmãos de ideal espírita, não desanimemos ante as dificuldades do caminho, trabalhemos árdua e corajosamente, como Jesus nos exemplificou há dois mil anos atrás, na absoluta certeza de que mais cedo ou mais tarde, contra os interesses escusos dos poderosos de agora, estaremos saboreando a vitória da harmonia que a compreensão da mensagem contida em seu evangelho nos propiciará.


Fonte:


1) E.S.E. CAP. XXIII – Estranha Moral, itens 17 e 18.




Espiri-tista

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Os inimigos do Invisível!

Além dos nossos desafetos do plano material, é importante que não nos esqueçamos de que também os temos no outro lado da vida, ou seja na vida espiritual, e que dessa forma, é prudente que desde já busquemos entrar em contato com os nossos irmãos que por qualquer motivo não têm conosco uma boa convivência em nossa atual romagem terrena, para se possível desfazermos os motivos de tais desarmonias e nos guiar pelas instruções do Mestre de Nazaré para que façamos nossos acertos enquanto estamos à caminho com eles, para que não aumentemos ainda mais o número deles no outro lado da vida.

A doutrina espírita nos esclarece que espíritos equivocados e ignorantes existem em grande número a nos influenciar a todo o instante, e que precisamos estar bastante atentos para não nos deixar levar por suas maléficas influências.

Informam-nos os Instrutores da Espiritualidade Superior que alguns desses nossos irmãos, em estado de total desrespeito por tudo e por todos, não se deixam influenciar nem mesmo diante da invocação do nome de Deus nosso Pai, e que somente aqueles que possuem elevado conceito de moralidade poderão obter resultado positivo diante dessas criaturas infelizes, exatamente porque já vivenciam os ensinamentos do mestre de Nazaré em pensamentos, palavras e obras, trabalhando incansavelmente pelo alastramento e implantação do bem no coração dos seus irmãos, ajudando a levantar os caídos na estrada da vida, única condição de impor respeito ante essas entidades perversas e ignorantes.

Em o evangelho Segundo o Espiritismo, encontramos as instruções dos Imortais da Vida Maior, sobre o assunto, conforme segue:

Os inimigos desencarnados

“Ainda outros motivos tem o espírita para ser indulgente com os seus inimigos. Sabe ele, primeiramente, que a maldade não é um estado permanente dos homens; que ela decorre de uma imperfeição temporária e que, assim como a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau reconhecerá um dia os seus erros e se tornará bom.

Sabe também que a morte apenas o livra da presença material do seu inimigo, pois que este o pode perseguir com o seu ódio, mesmo depois de haver deixado a Terra; que, assim, a vingança, que tome, falha ao seu objetivo, visto que, ao contrário, tem por efeito produzir maior irritação, capaz de passar de uma existência a outra. Cabia ao Espiritismo demonstrar, por meio da experiência e da lei que rege as relações entre o mundo visível e o mundo invisível, que a expressão: extinguir o ódio com o sangue é radicalmente falsa, que a verdade é que o sangue alimenta o ódio, mesmo no além-túmulo. Cabia-lhe, portanto, apresentar uma razão de ser positiva e uma utilidade prática ao perdão e ao preceito do Cristo: Amai os vossos inimigos. Não há coração tão perverso que, mesmo a seu mau grado, não se mostre sensível ao bom proceder. Mediante o bom procedimento, tira-se, pelo menos, todo pretexto às represálias, podendo-se até fazer de um inimigo um amigo, antes e depois de sua morte. Com um mau proceder, o homem irrita o seu inimigo, que então se constitui instrumento de que a justiça de Deus se serve para punir aquele que não perdoou.

Pode-se, portanto, contar inimigos assim entre os encarnados, como entre os desencarnados. Os inimigos do mundo invisível manifestam sua malevolência pelas obsessões e subjugações com que tanta gente se vê a braços e que representam um gênero de provações, as quais, como as outras, concorrem para o adiantamento do ser, que, por isso; as deve receber com resignação e como conseqüência da natureza inferior do globo terrestre. Se não houvesse homens maus na Terra, não haveria Espíritos maus ao seu derredor. Se, conseguintemente, se deve usar de benevolência com os inimigos encarnados, do mesmo modo se deve proceder com relação aos que se acham desencarnados.

Outrora, sacrificavam-se vítimas sangrentas para aplacar os deuses infernais, que não eram senão os maus Espíritos. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo demonstra que esses demônios mais não são do que as almas dos homens perversos, que ainda se não despojaram dos instintos materiais; que ninguém logra aplacá-los, senão mediante o sacrifício do ódio existente, isto é, pela caridade; que esta não tem por efeito, unicamente, impedi-los de praticar o mal e, sim, também o de os reconduzir ao caminho do bem e de contribuir para a salvação deles. É assim que o mandamento: Amai os vossos inimigos não se circunscreve ao âmbito acanhado da Terra e da vida presente; antes, faz parte da grande lei da solidariedade e da fraternidade universais”. ¹

Fonte:1) O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 5 e 6.

Grifos nossos.
Espiri-tista

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

SINAIS DE ALARME

Há dez sinais vermelhos, no caminho da experiência, indicando queda provável na obsessão:
- quando entramos na faixa da impaciência;
- quando acreditamos que a nossa dor é a maior;
- quando passamos a ver ingratidão nos amigos;
- quando imaginamos maldade nas atitudes dos companheiros;
- quando comentamos o lado menos feliz dessa ou daquela pessoa;
- quando reclamamos apreço e reconhecimento;
- quando supomos que o nosso trabalho está sendo excessivo;
- quando passamos o dia a exigir esforço, sem prestar o mais leve serviço;
- quando pretendemos fugir de nós mesmos, através da gota de álcool ou pitada de entorpecente;
- quando julgamos que o dever é apenas dos outros;
Toda vez que um desse sinais venha a surgir no trânsito de nossas idéias, a Lei Divina está presente, recomendando-nos a prudência de parar no socorro da prece ou na luz do dicernimento.
Livro: "Ideal Espírita"Francisco Cândido Xavier
Espiri-tista

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A vida de Bezerra de Menezes

Divulgue e assista o filme sobre a vida desse que é um exemplo a ser observado por todos nós Cristãos, pela bela lição que deixou de como se deve seguir o Mestre de Nazaré, em qualquer ramo de atividade em que fizermos parte.
Dr. Bezerra de Menezes é sem sombra de dúvidas um verdadeiro discípulo de Jesus como um dia também nós deveremos ser.
Procure se informar em que cinema o filme está sendo exibido em sua cidade e divulgue, pra que todos possam ter também essa imperdível oportunidade de conhecer esse extraordinário vulto do movimento espírita.
Grande abraço a todos,

Espiri-tista