“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Diante da multidão


“E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte...”   (Mateus, 5:1.)

O procedimento dos homens cultos para com o povo experimentará elevação crescente à medida que o Evangelho se estenda nos corações.

Infelizmente, até agora, raramente a  multidão  tem  encontrado, por parte das grandes personalidades humanas, o tratamento a que faz jus.

Muitos sobem ao monte da autoridade e da fortuna, da inteligência e do poder, mas simplesmente para humilhá-la ou esquecê-la depois.

Sacerdotes inúmeros enriquecem-se de saber e buscam subjugá-la a seu talante.

Políticos astuciosos exploram-lhe as paixões  em  proveito próprio.

Tiranos disfarçados em condutores envenenam-lhe a alma e arrojam-na ao despenhadeiro da destruição, à maneira dos algozes de rebanho que apartam as reses para o matadouro.

Juízes menos preparados para a dignidade das funções que exercem, confundem-lhe o raciocínio.

Administradores menos escrupulosos arregimentam-lhe as expressões numéricas para a criação de efeitos contrários ao progresso.

Em todos os tempos, vemos o trabalho dos legítimos missionários do bem prejudicado pela ignorância  que  estabelece  perturbações e espantalhos para a massa popular.

Entretanto, para a comunidade dos aprendizes do Evangelho, em qualquer clima da fé, o padrão de Jesus brilha soberano.

Vendo a multidão, o Mestre sobe a um monte e começa a ensinar...

É  imprescindível  empenhar  as  nossas  energias,  a  serviço  da educação.

Ajudemos o povo a pensar, a crescer e a aprimorar-se.

Auxiliar  a  todos  para  que  todos  se  beneficiem  e  se  elevem, tanto  quanto  nós  desejamos  melhoria  e  prosperidade  para  nós mesmos, constitui para nós a felicidade real e indiscutível.

Ao leste e ao oeste, ao norte e ao sul da nossa individualidade, movimentam-se milhares de criaturas, em posição inferior à nossa.

Estendamos  os  braços,  alonguemos  o  coração  e  irradiemos entendimento,  fraternidade  e  simpatia,  ajudando-as  sem  condições.

Quando o cristão pronuncia as sagradas palavras “Pai Nosso”, está reconhecendo  não  somente  a  Paternidade  de  Deus,  mas aceitando também por sua família a Humanidade inteira.
Livro: Fonte Viva
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças