“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Ser Feliz


“... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam...”

(Capítulo 5, item 20.)

As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.

Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.

Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.

No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como conseqüência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pes¬soas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.

Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.

Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.

A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.

O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista que é válido, conforme sua idade espiritual.

Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros étambém a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.

É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensa¬mos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.

Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória ànossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.

Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.

Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é, obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da Eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.

Livro: Renovando Atitudes
Francisco do Espirito Santo Neto/Hammed

Espiri-tista

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Palestra com Raul Teixeira

Caros amigos, o Tribuno espírita Raul Teixeira fará a palestra da SEF - Sociedade Espírita Fraternidade, nesta quarta-feira dia 24/02/2010, às 20:00h.

A palestra será transmitida pela TV CEI.


Compareça, divulgue!


Francisco Rebouças  

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Abaixo a burocracia


Existe no meio espírita, infelizmente, uma grande quantidade de companheiros com grande influência em suas instituições, que procuram manter variadas tarefas de cunho puramente espiritual, sob os acanhados limites da burocracia, não deixando as tarefas fluírem de forma natural, simples, sem os inconvenientes entraves perniciosos e perfeitamente dispensáveis impostos pela burocracia.
Para tudo, inventam uma determinada exigência, com a intenção exclusiva de terem o prazer de posteriormente anunciarem vaidosamente que foram eles que estabeleceram esta ou aquela maneira como exigência na rotina de trabalhos, que normalmente são executadas pelos outros.
Assim é que em muitas das casas espíritas, tarefas muito simples são transformadas em verdadeiros exercícios de paciência transformando-se em verdadeiros testes de compreensão e tolerância para tantos quantos se dispuserem a colaborar nas tarefas cotidianas dessas instituições espíritas.

São normalmente pessoas que carregam a frustração de nunca terem sob seus domínios na vida familiar, profissional, social etc., a direção de qualquer atividade em que pudessem ser conhecidos como dirigentes, responsáveis, ou chefes. Assim sendo, quando chegam à casa espírita, carregam consigo essa frustração tão incômoda que na primeira oportunidade que tiverem, tornarão esses desejos realidades, pondo em prática esse lado escuro da personalidade decepcionada com a vida e com tudo o que lhe tem acontecido até então.

O espiritismo por si só, já é uma doutrina liberta dos atavismos arcaicos de outrora, ainda apreciados por outras tantas correntes religiosas, e solicita de seus adeptos vigilância constante para não serem atraídos para os modismos, achismos e quais quer outros atos que venham a criar óbices, ao bom andamento dos trabalhos na Seara do Mestre de Nazaré, incluindo aí, as burocracias dispensáveis enxertadas nos labores das Instituições Espíritas, por esses pseudo-entendidos de doutrina que vivem a bolar esta ou aquela nova exigência para as tarefas mais simples.

O verdadeiro espírita segue os ensinos dos espíritos Superiores, e a simplicidade em tudo, foi a maneira com que Jesus sempre se apresentou em todas as suas atividades ensinando pelo exemplo, modificando os métodos absurdos nas coisas mais simples como na oração sincera sem necessidade das palavras rebuscadas, simplificando as coisas mais complicadas como eram entendidas e levadas a efeito pelo povo da época.

Enfatizou em suas pregações que a adoração a Deus não se faz pelas aparências exteriores, mas justamente, pela transformação moral interior do indivíduo, que em se transformando moralmente, mais simples se torna em todas as suas ações de caráter físico e espiritual.

Sobre o assunto, vejamos o que nos diz o Dr. Bezerra de Menezes:

“No Além existem regras de trabalho admiravelmente estabelecidas, equivalentes a leis, mediante as quais os trabalhadores do Bem poderão tomar as providências que a sua responsabilidade, ou competência, entenderem devidas e necessárias. Geralmente aplicam-nas, as providências, Espíritos investidos de autoridade, espécie de chefes de Departamento ou de secção, tal como os entendem os homens, sem que para tanto sejam necessários entendimentos prévios com outras autoridades superiores, ou seja, o regime da burocracia, de que os homens tanto abusam nas suas indecisões, e o qual é desconhecido no Espaço.

De outro modo, encontrando-se os referidos serviços do Invisível sob a jurisprudência da fraternidade universal, quaisquer servidores estarão em condições de resolver os problemas que se apresentam no seu roteiro, desde que para tanto investidos se encontrem daquela autoridade que, no Além, absolutamente não é o cargo que confere, mas o equilíbrio consciencial e moral de que disponham.” ¹

Que possamos todos nós, desde já, conscientizarmo-nos de que burocracia é entrave ao crescimento e desenvolvimento das atividades de nossa casa espírita e da doutrina espírita, e, que precisa urgentemente ser banida das atividades de uma casa espírita séria, comprometida com os ensinos do Mestre de todos nós Jesus de Nazaré, que nos convoca ao exercício da humildade e da simplicidade em todas as nossas atividades.

Fonte:
1) Livro: DRAMAS DA OBSESSÃO - YVONE DO AMARAL PEREIRA, Cap. 3
DITADO PELO ESPÍRITO ADOLFO BEZERRA DE MENEZES.

Francisco Rebouças

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Transmissão de riqueza

O princípio, segundo o qual ele é apenas depositário da fortuna de que Deus lhe permite gozar durante a vida, tira ao homem o direito de transmiti-la aos seus descendentes?

O homem pode perfeitamente transmitir, por sua morte, aquilo de que gozou durante a vida, porque o efeito desse direito está subordinado sempre à vontade de Deus, que pode, quando quiser, impedir que aqueles descendentes gozem do que lhes foi transmitido. Não é outra a razão por que desmoronam fortunas que parecem solidamente constituídas. É, pois, impotente a vontade do homem para conservar nas mãos da sua descendência a fortuna que possua. Isso, entretanto, não o priva do direito de transmitir o empréstimo que recebeu de Deus, uma vez que Deus pode retirá-lo, quando o julgue oportuno. — São Luís. (Paris, 1860.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, item 15.

Espiri-tista