“Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.”Thiago,3/17

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” João – 15:7

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A Juventude Espírita que conheço!

Volto a falar da polêmica reportagem da Revista isto é, sobre as tais respostas atribuídas à juventude espírita, que desde o dia em que fiquei sabendo de sua publicação, justamente através de um dos jovens espíritas de nossa mocidade, que espantado e incrédulo não aceitava aquela pesquisa como verdadeira, também me associei a seu modo de ver, não como alguém que quisesse dar testemunho de solidariedade pura e simplesmente, pois, não sou nem serei jamais desse tipo, mas sim, por que convivo com jovens em nossa cidade e em nosso estado, em inúmeros encontros que tenho a felicidade de ser convidado e que testemunho suas idéias, seus objetivos, seus esforços de melhoria.

Ainda agora, quando se fará realizar a COMEERJ – Confraternização de Mocidades Espíritas do Estado do Rio de Janeiro, atividade do Movimento Espírita que congrega jovens espíritas desde 1980, e que tem sido realizada anualmente, durante o carnaval, com a participação de representantes das instituições espíritas de todo o Estado, onde se aproveita a oportunidade para levar aos jovens que dela participam incentivos novos e profundos para a conscientização de seu papel na sociedade contemporânea e na construção da sociedade do porvir, pode ser constatado, a grande quantidade de jovens que participam todos os anos com elevado senso de moral, muita alegria e estudo sério da doutrina espírita, que não aceitam ficar de fora desse evento anual.

É uma pena, que em outras localidades, isso não se dê, pois, tenho a certeza absoluta de que se esses tipos de encontros fossem freqüentes, nessas praças, não só anualmente como é o caso da COMEERJ, mas se desse com mais freqüência em outras datas, como acontece com nossa mocidade que volta e meia se reuni em uma instituição do nosso estado, para discutir um tema atual na visão do jovem, e fazerem visitas a outras mocidades como é freqüente em nossa cidade de Niterói, por exemplo, essa entrevista equivocada e falsa, não seria facilmente engolida por confrades espíritas, que a aceitaram e até encontraram motivos para acharem muito real.

Não estamos querendo falar por outras mocidades que não conhecemos, nem fazer nossos jovens passarem por “santos” ou por criaturas perfeitas, pois, não somos tolos a esse ponto, mas sim testemunhar que os jovens de nossa cidade recebem a informação espírita diretamente da codificação e é muito capaz de raciocinar e seguir sua filosofia, de forma muito natural, e assim sendo, jamais estariam favoráveis a causas como aborto, pena de morte, suicídio etc., como faz crer a tal reportagem, que eles repudiam.

E, concordo plenamente, com a experiência que tenho de encontros com várias mocidades realmente espíritas, que isso não se dá como está na reportagem, e se aquelas respostas foram verdadeiramente concedidas, à citada revista, posso afirmar com toda pureza de consciência possível, que não foram respostas de jovens espíritas, e sim, de jovens “espiritados”.

Torna-se imperioso e inadiável que os dignos responsáveis pelas nossas casas espíritas, espalhadas por esse nosso imenso e querido Brasil, concentrem todo o esforço possível na melhoria do estudo dirigido às mocidades em nossas instituições espíritas, preparando pessoas de forma adequada para que possam assumir a coordenação e a missão sublime de instruir os nossos jovens, ministrando cursos, reciclando conhecimentos e incentivando o estudo sério e aprofundado de nossa doutrina, para que por sua vez, possam mais tarde, oferecer aos jovens sob suas responsabilidades as nobres e elevadas mensagens dos espíritos Superiores, norteando-lhes a vida pela ética e moral contidas na mensagem consoladora da doutrina dos espíritos.

A Codificação do espiritismo precisa ser estudada pelos jovens de forma bem simples, objetiva, respeitosa, dinâmica, constante e atual, na linguagem comum dos jovens, para que eles possam entender o benefício de seguir os conceitos ali contidos no contexto em que foram inseridos pela Soberana Sabedoria do Universo, para o progresso e perfeição do espírito imortal que são.

Sabemos que o Ser humano é essencialmente resultado da educação, pois, carregando desde eras remotas através das sucessivas reencarnações, os fatores genéticos que o compõem como conseqüência das experiências anteriores, quase sempre negativas, não prescinde do benefício que só a boa educação pode facultá-lo, modelando-o para um perfeito equilíbrio com vistas a desenvolver em si, os elevados valores das virtudes que dormitam em seu Ser desde sua criação.

A Casa espírita por essa razão, é responsável pela perfeita divulgação da doutrina espírita da forma mais fiel possível aos postulados espíritas, e será de grande valia no processo de transformação do modo de vida de nossos jovens, que bem orientado se transformarão em homens e mulheres de bem, ajudando com sua maneira de viver a orientar outros jovens que com eles se relacionarem na construção de uma sociedade mais digna, honesta e cristã.

Para que isso ocorra, é necessário verificar nas diversas comunidades espíritas em que atuamos, se essa tarefa está sendo bem executada pelas casas espíritas de nossas cidades ou localidades, e se assim não estiver acontecendo, urge buscar as entidades responsáveis pela divulgação da doutrina espírita, para que seja imediatamente reparado esse defeito, e se conceda aos jovens oportunidades de esclarecimento nas diretrizes seguras que a doutrina espírita oportuniza a todos que a encontram.

Francisco Rebouças.